Boas.
Hoje enquanto estava a ler as notícias do dia, vi uma em que a Bastonária dos Enfermeiros referia que certos doentes em hospitais estavam quase dois dias sem comer. Mas cá vai a peça:
Há doentes sem comida e medicação nos hospitais, diz bastonária.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, denunciou o caso de um hospital público em que os doentes ficaram dois dias sem alimentos e sem medicação.
Ana Rita Cavaco não revelou onde aconteceu, mas garantiu que o conselho de administração da unidade tem conhecimento.
A revelação da bastonária foi feita na noite de segunda-feira no âmbito de um debate sobre os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que juntou enfermeiros e médicos na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. O CDS já fez saber que vai entregar um pedido de audição na bastonária na comissão parlamentar de Saúde, por considerar que se trata de "uma situação gravíssima que urge clarificar e esclarecer cabalmente".
Em declarações à televisão SIC, Ana Rita Cavaco afirmou que "faltam pessoas para dar de comer a estes doentes e portanto, infelizmente, chegam-nos relatos de doentes que estão em observação e que não comem há dois dias. Ou há serviços que estão com uma afluência tão grande que não há ninguém para trazer os medicamentos. Isto é próprio de um país de terceiro mundo".
A situação, explicou a bastonária dos Enfermeiros, é consequência da falta de profissionais nos hospitais, sobretudo nas urgências, e tende a agravar-se nos meses de inverno com o aumento da procura.
O Ministério da Saúde não quis comentar a declaração.
Eu até posso concordar que muitos hospitais não oferecam as melhores condições aos seus utentes, mas daquilo que vejo (e durante uns anitos em que já estive em hospitais) a falta de comida nunca foi um problema que tivesse observado. A qualidade da mesma é outro caso, mas mesmo aí o gosto de cada um pode fazer com que as opiniões sejam diferentes. O que em parte critico na Bastonária é vir dizer que existe um hospital sem dizer um nome. Para isso estava em silêncio e denunciava a situação às autoridades competentes. No que diz respeito à falta de pessoal estou completamente de acordo. Acho que as pessoas deveriam ser pagas como devem e trabalhar num sítio só. As pessoas que emigram não chegariam para preencher as vagas de emprego.