Boas.
Hoje enquanto via o site da revista Visão vi um artigo que me despertou bastante a curiosidade e que falava sobre um tema qu embora esteja a cair no esquecimento, o mesmo é bastante importante. E sendo eu pai de uma pimpolha ainda me chamou mais a atenção. Cá vai ele então:
Gui a para desfazer os mitos sobre as vacinas
O pediatra Mário Cordeiro prepara-se para lançar o livro 'A Verdade e a Mentira Sobre as Vacinas', no qual, entre vários temas, ajuda a desfazer os mitos que se criaram à volta do mundo das vacinas.
A vacinação evita a morte de cerca de três milhões de pessoas por ano em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. É das maiores conquistas da medicina e da saúde pública. Mas a memória de muita gente é curta e as novas gerações já não se recordam de como, nos tempos dos nossos avós, as doenças agora evitáveis pela vacinação matavam e desfiguravam tantas pessoas.
Por isso, muitas doenças estão a regressar e crianças morrem sem necessidade.
Quem se lembra do surto de sarampo em Portugal este ano? Pois, para ajudar a desmistificar este e outros factos se deixa de seguida vários pontos. Cá vão eles então:
MITO 1 - As melhorias das condições de higiene e sanitárias fizeram desaparecer as doenças
FALSO! Enganosamente falso.
A vacinação em massa das populações controlou ou fez desaparecer algumas doenças. "Claro que ter boas condições sanitárias (água potável, saneamento básico, rede de refrigeração de alimentos, controlo da cadeia alimentar, etc.) é indispensável para prevenir muitas doenças infeciosas, designadamente as relacionadas com a qualidade da água, moscas e outros insetos". Mas, em países desenvolvidos, como a Alemanha ou França, onde existem grandes focos de resistência à vacinação (estando estes na moda) continuam a aparecer estas doenças. "Se o desenvolvimento sanitário num país é uma prioridade e permite controlar doenças infeciosas, não evita, no entanto, a circulação dos microrganismos causadores das doenças evitáveis pela vacinação", refere o autor. Só com pelo menos 95% da população vacinada é que se evita surtos destas doenças ou até se pode eliminá-las.
MITO 2 - As vacinas têm imensos efeitos secundários
FALSO! Rotundamente falso!
As vacinas são "extraordinariamente seguras". Comparadas com os medicamentos em geral, são ainda mais seguras. Todos os estudos e dados estatísticos o comprovam. E quantas vezes é que já ouviram falar no contrário?
MITO 3 – As vacinas podem causar a síndroma da morte súbita do lactente…
FALSO! Comprovadamente falso!
A síndroma da morte súbita do lactente nada tem a ver com vacinas. Quando se começou a estudar a síndroma a hipótese foi colocada academicamente. Mas depressa se chegou à conclusão que não era o caso e que não existia uma ligação entre uma coisa e outra.
MITO 4 – Gastar dinheiro e tempo com doenças que já não existem é deitar dinheiro à rua
FALSO! Demagogicamente falso!
As doenças evitáveis pela vacinação, entretanto controladas, diminuíram e até desapareceram de alguns pontos do planeta. Mas salvo a varíola – erradicada do mundo e que já dispensa a vacinação no mundo – todas as outras doenças, embora com pouca expressão em Portugal, ainda existem em muitos outros locais.
MITO 5 – A administração simultânea de várias vacinas pode aumentar o risco de efeitos secundários
FALSO! Cientificamente falso!
A administração simultânea de vacinas, de acordo com todos os estudos científicos, não causa qualquer problema, dado que a imunidade que cada uma estimula é independente. "Aliás, todos os dias a imunidade dos bebés e crianças é estimulada por inúmeros vírus e bactérias com as quais eles contactam, designadamente quando os pais os beijam ou acariciam".
MITO 6 – Ter gripe é uma coisa normal e, além disso, a vacina é fraca
FALSO! Ridiculamente falso!
A gripe pode ser grave, muito grave. As consequências da gripe, para lá dos efeitos incómodos que fragilizam qualquer pessoa, podem ser pneumonias mortais, sobretudo em idosos e em pessoas com a imunidade diminuída, como nas que estão a ser tratadas para cancros. Por outro lado, uma gripe na grávida pode levar a um aborto espontâneo ou a um parto prematuro. E, por fim, uma gripe num recém-nascido é muito grave. E mais perigoso se torna porque a gripe é daqueles virus que todos os anos vai modificando.
MITO 7 — É melhor ter a doença do que vacinar com vírus atenuados
FALSO! Perigosamente falso!
A doença causa imunidade, mas pode levar a consequências desastrosas e levar mesmo à morte, para lá dos dias em que se está doente (ou até reativações a prazo, como a zona, que é consequência da varicela). A vacina desenvolve a mesma imunidade, mas sem essa parte indesejável. Aliás este é daqueles argumentos que nem no século XIX teria sucesso.
MITO 8 — As vacinas têm mercúrio
FALSO! Exageradamente falso!
O tiomersal, que algumas vacinas têm como conservante do princípio ativo, principalmente nas vacinas que são dadas em múltiplas doses, não está presente em quantidades que ponham em risco a saúde humana. Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que estão imensamente preocupadas com a poluição que poderá afectar o seu filho e depois puxam de um cigarro para fumar junto ao petiz.
MITO 9 – APANHAR MUITAS VACINAS NO MESMO DIA FAZ MAL
FALSO! Embora se entenda!
É difícil pensar que um bebé pode levar tantas “picadas”, não há qualquer risco acrescido de reações secundárias" quando se administram simultaneamente as vacinas recomendadas para determinada idade – e até podem ser bastantes. Claro que ver o nosso filho a chorar não é fácil, mas entre uma coisa de minutos e as perigosas consequências de não vacinar qual o pior?
MITO 10 – As vacinas causam autismo
FALSO! Mentirosamente falso!
O estudo de 1988 que inquietou muitos por considerar possível uma relação entre a vacina antissarampo, parotidite e rubéola (VASPR) e o autismo era uma fraude. O autor desse estudo foi obrigado a retratar-se, dado ter cometido enormes irregularidades metodológicas, para lá da reduzidíssima amostra, e obrigado a deixar de exercer medicina. E o «problema» é que algumas pessoas parece que ficaram com isso na cabeça.
MITO 11 — Como toda a gente se vacina, eu não preciso de vacinar o meu filho
FALSO! Arriscado, traiçoeiro e… horrendamente egoísta!
É de um enorme egoísmo querer que os outros nos protejam e nós não façamos o mesmo, dado que não estaremos a contribuir para a imunidade de grupo. "É como não pagar impostos ou outra coisa qualquer de espírito comunitário", escreve o pediatra. Mas e se toda a gente pensar assim?!
MITO 12 — Os ministérios da saúde estão feitos com as multinacionais
FALSO! Se não fosse tão grave, dava para rir.
Embora como hoje em dia acontece com tudo seja também um negócio, o tempo que os laboratórios esperam que o Estado lhes pague não é daquelas coisas muito cobiçadas.
Que este artigo sirva para tirar algumas dúvidas. E não esquecer que as vacinas não terminam em criança.