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marianagugudada

A vida não é feita por parcelas, é feita pelo todo

A vida não é feita por parcelas, é feita pelo todo

marianagugudada

10
Set17

Esquecido na História

jl

antónio martins.jpgBoas.

Hoje enquanto estava a ler as Selecções do Reader’s Digest vi um artigo que me chamou particularmente a atenção. A referida peça falava de um desportista que era o António Martins. Quando olhei para o nome para mim foi como se ficasse em branco pois não me dizia nada, mas depois de ler as seguintes linhas fiquei fascinado. Cá vai:

O mais completo atleta português de sempre

«Não tenho dúvidas nenhumas de que ele foi o mais completo atleta português de sempre. Hoje, dirão que é o Ronaldo. Mas acho que, globalmente, quer espiritual quer fisicamente, o atleta mais completo foi de longe o meu pai, porque ele foi recordista nacional em várias modalidades: peso, disco, dardo, salto em altura, salto em comprimento, salto em largura. Foi campeão em tudo o que havia no tiro desportivo nessa altura – espingarda de guerra, espingarda livre (deitado, de joelhos e de pé, e obteve o primeiro lugar no Campeonato do Mundo, em 1928, o único ano em que o tiro não fez parte das modalidades olímpicas), pistola de guerra, pistola livre e de precisão, de pé, deitado, de joelhos. Ou seja, tudo o que havia do desporto de tiro na altura», afirma Gentil Martins, médico, e também ele detentor de um invejável currículo desportivo.

António Martins nasceu a 4 de Abril de 1892, Abrantes, onde passou os primeiros anos da sua infância. Em 1903, rumou a Santarém para fazer os estudos primários. Curiosamente, apesar de se ter tornado um atleta exemplar, nasceu bastante franzino e com uma saúde delicada, que desde cedo preocupou os pais. Quando iniciou os estudos no liceu, ainda em Santarém, era considerado um dos alunos mais desatentos «faltando-lhe o domínio sobre a atenção e a energia física».

Preocupados com a saúde do filho, os pais decidem transferi-lo para Coimbra, para estar mais perto da terra onde viviam. Uma decisão que haveria de mudar para sempre a vida de António Martins. Em 1906, começou a praticar ginástica e a nadar no rio Mondego. Os resultados não se fizeram esperar. Além de uma transformação física radical, melhorou muito o rendimento escolar. A primeira prova desportiva que venceu foi no salto em altura, em 1912, ano em que entrou para o Clube Internacional de Foot­-Ball, iniciando assim uma brilhante carreira desportiva.

Aplicado e metódico, António Martins começa a dar nas vistas na Universidade de Coimbra. Em 1911, ingressou no curso de Filosofia. Integrava um grupo que, frequentemente, realizava excursões de carácter desportivo e científico. Foi, aliás, com este grupo que se deslocou ao Cântaro Magro, na serra da Estrela, procurando um exemplar de uma Silene elegans (uma planta de caule). Não a encontrou por não ser a época de floração, mas, em contrapartida, recolheu outra silene rara e mais 60 novas espécies botânicas que enriqueceram o herbário da faculdade.

Em 1913, ao chegar a Lisboa vindo de uma viagem científica a Cabo Verde, propõe-se ao exame de Anatomia, tendo obtido 19 valores de classificação – a mais elevada de sempre dada naquela faculdade.

Nos anos de 1913 e 1914, foi assistente voluntário da cadeira de Anatomia, passando mais tarde a segundo assistente, função que manteve até final do curso, em 1917, com distinção, obtendo 18 valores de nota. Foi então convidado pelo professor Francisco Gentil  – professor de cirurgia e fundador do Instituto Português de Oncologia – para assistente da primeira clínica cirúrgica.

Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, partiu para França integrado no Batalhão de Infantaria 12 do Corpo Expedicionário Português. Ao ter conhecimento que o Regimento de Infantaria 23 iria ser enviado para a linha da frente, ofereceu-se como voluntário, tendo participado na ofensiva final dos Aliados, integrado no Batalhão de Assalto, na qualidade de tenente-médico. Numa acção puramente humanitária e sem ligação com a sua notória capacidade como atirador.

Regressado de França, prescinde da dispensa de exame que a lei lhe confere, como médico mobilizado, e defende a sua tese, obtendo a classificação máxima: 20 valores. Em 1929, torna-se cirurgião dos Hospitais Civis de Lisboa, tendo sido aprovado por unanimidade.

Ao mesmo tempo que começava a notabilizar-se como médico, António Martins não descurava a carreira desportiva, nomeadamente o tiro, modalidade em que continua a ser o atleta português mais medalhado de sempre. Durante muitos anos, foi o único atleta nacional a estar presente nos Jogos Olímpicos em mais do que uma modalidade. Foi mestre atirador em provas internacionais, como nas Olimpíadas de 1924, em Paris, e nos campeonatos do mundo de Roma, em 1927, e Estocolmo, em 1929. Muitas são as referências que ainda hoje se podem encontrar a António Martins na imprensa da época. O jornal Os Sports dizia: «Como desportista, o Dr. António Martins foi o maior de quantos têm podido merecer esse título honroso... Lutador esforçado pelo nobre e patriótico ideal da Educação Física e dos Desportos.» O jornal A Voz classificava-o como «atleta completo. O verdadeiro protótipo do homem forte e são de espírito e de corpo».

Uma vida brutalmente interrompida, a 3 de Outubro de 1930, quando estava a treinar para o Campeonato de Portugal de Tiro e foi atingido por um tiro da própria carabina, num descuido impensável num atirador experiente e prudente como ele era. Ao que se apurou, e talvez fruto do cansaço, ao descansar a arma no chão, quando tentava corrigir a mira, ela disparou sozinha atingindo-o mortalmente. Tinha apenas 38 anos. Ironia do destino, este foi o primeiro e último acidente mortal numa carreira de tiro desportivo em Portugal.

O que em parte acho estranho é que quer no nosso ensino, quer na Comunicação Social isto é daquelas coisas que nem sequer é falada. Sei que se este senhor fosse inglês ou americano quase de certeza que já haveria um filme que retractasse a vida dele, mas estando nós aqui escondidinhos pelo menos nas nossas escolas este seria um nome a ser falado.

Claro que sou um pouco crente, mas não custa nada tentar.

09
Set17

Ter ou não ter razão

jl

policiachina.jpgOlá

Hoje venho falar aqui um pouco da palavra razão. É daqueles sentimentos que por muitas vezes, mesmo que se a tenha, há situações na vida em que a mesma é perdida num abrir e fechar de olhos. Vou então explicar:

Imagens mostram um polícia a derrubar uma senhora ao chão com um bebé ao colo

Um vídeo compartilhado nas redes sociais chinesas causou forte indignação dos internautas ao mostrar um polícia a derrubar ao chão uma mulher que segurava uma criança, isto aconteceu em Xangai, na China. O agente empurra a mãe e sua filha durante uma discussão sobre estacionamento.

A gravação mostra o agente a discutir com a mulher, que parece se aproximar e empurrá-lo. O agente, então, violentamente derruba a mulher no chão, que cai junto com a criança que carrega no colo. Testemunhas correram para pegar a criança, que chorava enquanto o polícia envolvido na discussão e o seu colega que saiu da viatura imobilizavam violentamente a mulher.

A polícia de Xangai confirmou o incidente, que aconteceu no distrito de Songjiang, e disse que o caso está sob investigação. A mulher e a criança foram levadas para o hospital, de acordo com a imprensa local.

Nas redes sociais, internautas condenaram a brutalidade do policial, que não se importou que a mulher carregava um bebé, causando a queda da criança.

O agente até poderia ter toda a razão do Mundo, mas ao tomar uma atitude destas a razão desaparece!

08
Set17

Viver com mais qualidade

jl

emagrecimento.jpgBoas.

Hoje enquanto via o que andava por aí vi uma peça que me despertou a curiosidade e que falava sobre um emagrecimento. E muitas vezes para além de tudo, o conseguir emagrecer acontece quando existe um objectivo para isso. Mas cá vai a história:

Mulher obesa decide mudar de forma radical a sua vida depois de descobrir doença do marido

De acordo com a senhora, ela não poderia cuidar do seu marido enquanto estava muito acima do peso. No meio da tristeza de saber que o seu marido iria morrer, ela conseguiu ter forças para mudar a forma como vivia.

Que o amor muda as pessoas, disso poucas dúvidas existem, mas o que esta norte-americana fez pelo seu marido, é a maior prova de que tal afirmação é realmente pura verdade.

Ela com24 anos, Taylor Murphy, mora em Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos e ao descobrir que o seu marido, Ricky, de 29 anos, tinha cancro, resolveu mudar radicalmente a sua vida.

O cancro do seu marido é incurável e quando foi descoberto, o médico deu-lhe cerca de 15 meses de vida. Nessa época, Taylor era muito obesa e, por conta do que estava acontecendo, resolveu tentar emagrecer de forma bem drástica.

Em entrevista ao jornal britânico ‘Daily Mail’, ela contou que pesava cerca de 127 Kg. Ao receber a notícia de que o seu marido estava com uma doença terminal, ela disse que sentiu como se estivesse levando uma bofetada, afinal, ela precisava entrar em forma para aproveitar os últimos dias do seu marido junto com ele.

Taylor conta que na situação em que estava, não conseguia tomar conta nem de si mesma, o que fará de outra pessoa e, naquele momento, ela sabia que infelizmente, iria chegar ao ponto em que precisaria cuidar do seu marido. Foi aí então que optou por se submeter a cirurgia de redução, a qual foi feita no México. Depois, combinou tudo com um tipo de dieta saudável e exercícios físicos e desse modo, conseguiu transformar o seu corpo rapidamente.

Parte do seu sucesso, afirma que deve ao apoio moral que o seu marido lhe ofereceu durante o processo de emagrecimento, afinal, ela não podia falhar na situação em que ele se encontrava. Taylor afirma que não estava fazendo nada por ela mesma (embora isso seja contra o meu pensamento), mas sim pelo seu marido e desistir não era uma opção.

Agora, depois de conseguir a forma física dos seus sonhos, ela está aproveitando ao máximo o tempo de vida que Ricky ainda tem. O tempo agora está a ser «gasto» em viagens a dois. Juntos, os mesmos foram para a Disney, fazem caminhadas na praia e já tiveram uma segunda lua-de-mel no Havaí.

Acima de tudo os objectivos estão ao nosso alcance. Cabe a cada um de nós transformar estes sonhos em realidade. Não é a questão de viver mais, é viver com mais qualidade!

07
Set17

Quando for grande vou ser jornalista

jl

compras.jpgBoas.

Hoje enquanto via o JN vi uma peça que me deixou completamente espantado. Aqui vai ela:

Consumo das famílias é orientado pelo preço

As lojas associadas a grandes descontos sobem na quota de mercado, tal como os hipermercados.

Os portugueses estão a consumir mais, mas as compras fazem-se cada vez mais de olhos postos nas etiquetas dos preços. Nos primeiros seis meses do ano, as famílias voltaram a apostar nas promoções para a aquisição de bens alimentares, e nos supermercados associados a grandes descontos. Além disso, as marcas brancas voltam a encher os carrinhos de compras.

Realmente fiquei abismado. Então não é que os Tugas passam cartão ao preço que as coisas custam? A sério, eu sempre pensei que era só devido à cor das embalagens.Claro que nós enquanto consumidores também somos enganados porque por vezes aquilo que é anunciado como uma fantástica promoção é o preço normal, mas quando um Hipermercado cria um local especifico para promoções todos nós somos levados por esse encantamento.

Embora a minha formação académica não seja de extraordinária, às vezes fico a pensar se não teria sido boa ideia ser jornalista porque para escrever certas coisas que leio não seria assim tão difícil.

06
Set17

Segurança para todos

jl

alemanha.jpgOlá.

Sempre ouvi dizer que as coisas provenientes da Alemanha tinham uma óptima relação qualidade/preço. E enquanto consumidor tenho que concordar com esta afirmação. Só não sabia que Alemães levavam esta coisa da qualidade tão a peito. Olha toca a ler:

Casas de alterne alemãs terão selo de qualidade

Proposta foi apresentada pela associação que representa o sector.

Casas de alterne alemãs terão selo de qualidade

A Bundesverband Sexuelle Dienstleistung, associação que representa as casas de alterne da Alemanha, quer que estes estabelecimentos funcionem ao mais alto nível e, para isso, quer lançar aquilo que pode ser apelidado de selo de qualidade.

Conta o Deutsche Welle que o objectivo desta associação é o de “combater a difamação comum e as concepções falsas sobre as estruturas e os procedimentos de trabalho” nestes estabelecimentos.

O selo de qualidade possuirá então três categorias. A primeira dirá respeito às condições da casa de alterne, à identificação do proprietário e à lei da prostituição em vigor. Para poderem ter o selo, os proprietários das casas de alterne terão que garantir às suas funcionárias condições de trabalho justas, bem como as condições de higiene e de segurança necessárias. Embora não seja conhecedor destes estabelecimentos, tenho algumas duvidas que isto se passe em Portugal

As outras duas categorias dizem respeito às instalações físicas, bem como aos equipamentos que os estabelecimentos oferecem, como ginásio, refeitório ou se proporcionam ou não a realização de eventos. É assim eventos deve acontecer em todas elas, já no que diz respeito ao refeitório não sei o que haverá para comer. Mas em relação ao Ginásio acho que já todas terão. Ginástica é nestas casas!!!

A avaliação aqui funcionará com estrelas que podem ir, no máximo, até seis. Se o pessoal que aí «trabalhar» for de uma boa entrega, em vez de estrelas haverá algumas pessoas que até verão a Lua.

Esta ideia de selo de qualidade surge, explica a mesma publicação, na sequência das alterações à lei da prostituição que agora obrigam as profissionais do sector a terem um registo próprio e a fazerem exames de saúde com regularidade.

Falando mais a sério, existindo estas casas penso que existindo todas as condições nestas casas é a melhor coisa, tanto para quem fornece os serviços, como para os clientes. E venha quem vier, se existem estas casas é porque existe procura.

Mas estando nós em Portugal, o nosso Estado vai olhar seriamente para estas casas quando vir que aqui estará mais uma fonte de receitas através dos impostos e taxas.

05
Set17

As Gárgulas somos nós!!

jl

notre dame.jpgBoas.

Hoje enquanto via o que se passava por esse Mundo fora fui ter a Paris, ou como dizia a santa da minha avó, fui ter a Paris, França e li sobre uma das principais atracções turísticas. Cá vai então:

Notre Dame precisa de 100 milhões para salvar as suas famosas gárgulas

Uma das maiores atracções da capital francesa está em risco devido ao elevado estado de degradação.

O Estado francês dedica, todos os anos, dois milhões de euros do Orçamento do Estado para a Catedral de Notre Dame, situada no coração de Paris.

O monumento, construído entre 1163 e 1245, precisa de obras urgentes cujo valor ascende aos 100 milhões de euros.

Segundo o noticiado pelo jornal The Guardian, o arcebispo da capital francesa, André Vingt-Trois, lançou uma angariação de fundos, tendo criado para o efeito a associação ‘Os Amigos de Notre Dame’.

Entre as intervenções mais urgentes estão aquelas que dizem respeito às famosas gárgulas e aos arcos góticos que estão num estado de elevada degradação.

A Catedral de Notre Dame, recorde-se, é visitada anualmente por 14 milhões de pessoas, o que agrava a urgência em levar-se a cabo obras de restauro.

Mas se é uma grande atracção, 100 milhões de euros é uma enormidade de dinheiro que é quase absurda. Se realmente isto é daquelas atracções muito importantes, quantas pessoas e instituições se poderia ajudar com 100 milhões de euros? As coisas têm que se colocar nos pratos da balança porque se realmente é o Estado a pagar isto (e conforme é em frança, aqui no nosso Portugal é igual) então os governantes terão que assumir a responsabilidade dos seus actos.

04
Set17

Coisas de Gajas e Gajos

jl

emoji.jpgBoas.

Depois de um dia de descanso aqui do artigo que aqui vou escrevendo, aqui estou novamente a falar de coisas (que como se dizia antigamente) de Gajas. Mas em 2017 é também de Gajos. Vamos lá então:

“Tens um tampão?” Esta é uma pergunta que se faz em voz baixa, ou ao ouvido, com o ar comprometido de quem está a pedir à colega de trabalho uma arma de fogo ou uma droga pesada. Mas bata andar num Hipermercado para ver que o corredor onde estão os tampões ou os pensos higiénicos são zonas em que se bate recordes de velocidade, porque parece que a maioria das pessoas tem vergonha de aí andar.

Segundo um estudo revelado recentemente, contudo, o professor de saúde reprodutiva da University College London, John Guillebaud afirma que as dores do período podem ser tão severas “como as de um ataque cardíaco”. “Os homens não conseguem perceber isso e não se tem dado a esta questão a importância que se devia dar. Acredito mesmo que é algo que se devia encarar a sério, como qualquer outra questão médica.”

O tabu que permanece, a vergonha que faz com que as mulheres continuem a tentar esconder que estão com o período e a infantilização social das capacidades dos homens para lidarem com o tema, faz com que se verifique uma lenta e invulgar evolução médica neste campo. “A menstruação é apresentada como um ‘problema de mulheres’, e é enquadrada como uma dor natural, quase mística e sagrada”, completa Fenton. E isto em 2017!

O desinteresse científico ajuda também a que se criem mitos que podem ter consequências laborais: como a ideia de que o período e as hormonas têm consequências no cérebro da mulher que prejudicam o seu rendimento cognitivo, desmentida num estudo da Universidade de Zurique apresentado recentemente no The Guardian; ou, em sentido contrário, que fazem com que só agora, e apenas em Itália, se comece a falar na Europa sobre o enquadramento legal das dores do período enquanto motivo para pedir um ou dois dias de baixa médica no trabalho. O estar a ler e a falar do Período faz-me lembrar também da Menopausa, que é outro aspecto da vida das Mulheres que parece que só a cada uma diz respeito.

O mesmo desinteresse tem também consequências no conforto diário, e na evolução quase nula das opções que as mulheres encontram para os dias em que estão com o período: pensos, tampões e, mais recentemente, os copos menstruais, são melhores do que toalhas ou folhas (aquilo a que, em várias crises humanitárias, campos de refugiados e sítios isolados se regista que as mulheres têm de recorrer), mas pouco mudaram nos últimos 20 anos. Uma deficiência no mercado detectada pela associação catalã Femmefleur, que criou entretanto as Cocoro – umas simples cuecas com um tecido especial que absorve o período e que podem ser lavadas na máquina, e que só começaram a ser vendidas este ano – e espera que mais pessoas comecem a tomar a iniciativa de criar alternativas mais eficientes.

“Tens um tampão ou um penso?” Esta é uma pergunta que se faz em voz baixa, ou ao ouvido, com o ar comprometido de quem está a pedir à colega de trabalho uma arma de fogo ou uma droga pesada. Já todas as mulheres adultas passaram por isso, num dia em que se esqueceram dos tampões ou dos pensos em casa e foram surpreendidas pelo período. A vergonha é também o sentimento que a maioria das mulheres associa à história do dia em que teve o primeiro período, além de haver estatísticas que mostram que muitas mulheres em idade escolar optam por ficar em casa quando estão menstruadas.

E é precisamente por aí que muitos acreditam que deve começar o combate contra o tabu.

Na sequência do já referido estudo conduzido pela Plan International, as mesmas mulheres que disseram que se sentiam incomodadas a falar do período em público, mostraram abertura (cerca de 50 por cento) para usar um emoji (os famosos bonecos das mensagens dos telemóveis e computadores) sobre o período – caso existisse um. E foi assim que nasceu a campanha para criar um emoji que facilite a evolução da comunicação em relação a este tema, já que 92 por cento da população online usa esses símbolos nas suas conversas diárias.

Se há unicórnios, cocós sorridentes e alguns emojis que ninguém consegue sequer definir (ou explicar para que servem que hoje m dia parece que são a mioria), e há mais de mil opções de desenhos, a Plan International acha que também pode haver um útero, um penso ou umas cuecas manchadas, umas gotas de sangue e um calendário menstrual.

Todas as opções foram a votos nas redes sociais da plataforma e já há uma vencedora: as cuecas com duas gotas de sangue desenhadas. O próximo passo é apresentar a proposta à Unicode, o consórcio que vai decidir que desenhos farão parte do teclado global de emojis em 2018, e esperar que se torne uma opção real.

Há outras campanhas de origem privada a quererem contribuir para este debate em torno da menstruação, algumas mais criativas do que outras. É o caso do Period Game, por exemplo, um jogo de tabuleiro que tem uns ovários rotativos que soltam peças vermelhas ou brancas – tem mais sorte quem recebe uma peça vermelha, porque significa que está com o período.

E há empresas que começam, por iniciativa individual, a ter o período em conta na hora de estabelecer direitos para os seus trabalhadores, como a Nike, que instaurou uma baixa menstrual. Mas, ainda assim, os especialistas querem que a luta contra o tabu menstrual dependa menos da rotação de dados e mais da vontade médica e política, até porque as mulheres vão continuar a passar por isso: todos os meses, por todo o mundo, e durante muitos anos da sua vida.

Sinceramente não sei se este artigo poderá ajudar alguém a falar mais abertamente sobre isto, mas a mim ajudou-me a ser mais aberto no que diz respeito ao Período.

04
Set17

Tirar a roupa e o juízo!

jl

Boas.motas.png

Neste fim-de-semana vi uma notícia que no mínimo é curiosa. Vamos lá então:

Crianças assistem a espectáculo erótico de motards

Um vídeo mostra duas mulheres seminuas em cenas ousadas com dois homens em cima de motas, em Oliveira de Azeméis

Uma das crianças aproxima-se mesmo do local onde as mulheres estavam a tirar a roupa, sem que nenhum adulto a retirasse. O espectáculo erótico foi protagonizado por duas mulheres seminuas em cima de uma mota. Nas imagens, que circulam na internet, é possível perceber que enquanto as strippers se exibem, perante centenas de pessoas, estão várias crianças a assistir - algumas delas bem junto do local onde as duas mulheres mostram o corpo em poses ousadas com dois homens. As imagens foram captadas no passado fim-de-semana, no parque La Salette, em Oliveira de Azeméis, onde decorreu a 16ª edição da concentração Motoclube ‘Os Últimos’.

No cartaz, que também circulava nas redes sociais, podem ver-se duas mulheres em roupa interior e a anunciar que, no sábado, haveria um show de striptease ‘bike wash’ - espectáculo em que as duas strippers tiram a roupa enquanto lavam as motas, perante uma mangueira a jorrar água. Além da menina que está junto às duas mulheres, que estão apenas em cuecas, é visível ainda a presença de pelo menos mais três crianças a assistir ao evento - uma delas até pega num telemóvel para registar o momento erótico. Nas imagens, é perceptível também que um dos elementos da organização retira uma das menores do recinto do show sensual.

O que os adultos fazem é problema deles, mas agora quando se tem crianças num evento destes enquanto ocorre um show errático isso extravasa as competências da organização. Só pergunto o que os pais destas crianças estavam a fazer?

03
Set17

Concurso bem giro!!

jl

toca a vestir.jpgKonnichiwa.

Esta palavra bonita é um olá em japonês. E hoje comecei assim porque li umas pequenas frases que nos chegam desse país do Oriente que fazem com que eu confirme que sou mesmo uma pessoa com muito juízo. Pois bem deixo aqui umas pequenas linhas que nos falam de um concurso que é no mínimo original. Cá vai então:

De certeza que a maioria das pessoas já viu na televisão aqueles concursos em que se vê alguém que produz roupa, ou modelos que a passam e futuramente parece que vai aparecer aí a Sónia Araújo com um concurso de costureiras (e que ansioso que eu estou!!), mas o que hoje falo é um pouco diferente. Cá vai então:

Quem é o melhor a vestir cadáveres?

Uma agente funerária de 23 anos venceu uma bizarra competição no Japão para coroar... o melhor a vestir cadáveres.

Um júri especializado avalia os candidatos pela delicadeza, fluidez de movimentos e capacidade vestir o corpo sem expor demasiado a pele.

Os patrocinadores deste concurso deve ser dos Caixões Esticadinho e da Funerária Vaip’raCova com as flores a serem oferecidas pela Florista Cheirinho de Morte.

03
Set17

Portugal a voar

jl

red.jpgBoas.

Hoje só venho aqui deixar duas palavras a todos os portugueses. Quando estamos sempre a dizer mal de nós mesmos eis que temos na região do Porto a organização do Red Bul Air Race. E se temos sempre a mania de dizer mal do que fazemos e do que organizamos, pelo menos em termos de aderência do publico o nosso país é em exemplo de dedicação para grandes espectáculos. Que se repita isto porque para além do espectáculo em termos económicos e bastante importante desde os hotéis até às empresas que montam as estruturas metálicas.

Que continue tudo a correr bem e nunca esquecer que estes eventos Dão Asas à economia!!

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