O dinheiro é meo!
Boas.
Aqui há uns tempos deixei aqui uma peça que falava sobre a atitude que a Meo pretendia implementar e que era de cobrar por uma factura do serviço que o cliente tinha a pagar. Ou seja pagava um euro pela factura do serviço que tinha a pagar.
Pois bem, a Anacom, a entidade que regula estas situações decidiu que as operadoras não podem cobrar pela emissão de facturas e que vai aumentar o conjunto de informação que as empresas têm de disponibilizar nestes documentos.
As operadoras de telecomunicações só vão poder cobrar aos clientes pelo envio das faturas se estes exigirem um nível de detalhe superior. A decisão foi anunciada pela Anacom, que optou ainda por aumentar o conjunto de informações que as empresas vão ser obrigadas a incluir nas faturas. Na prática, a medida impede a Meo de cobrar um euro pela emissão das faturas em papel. Ou seja vão ter que descobrir outra coisa para sacarem dinheiro aos consumidores.
Este ainda é um sentido provável de decisão, sujeito a alterações. No entanto, a avançar, tem um efeito prático muito concreto: “Os operadores de telecomunicações não podem cobrar aos clientes pela emissão e envio de facturas com o detalhe mínimo.
E que informação mínima adicional é que o regulador vai passar a exigir nas faturas? Desde logo as operadoras Meo, Nos, Vodafone e Nowo passam a estar obrigadas a indicar na fatura o tempo que falta até terminar o período de fidelização a que o cliente está sujeito, isto no caso em que se aplique. Além disso, as facturas deverão incluir uma estimativa do montante que o cliente tem de pagar a cada mês caso decida rescindir um contrato sujeito a fidelização.
Apesar destas medidas, os clientes têm liberdade de solicitar junto da operadora o envio de faturas com informação ainda mais detalhada. Este deve ser um “pedido expresso dos clientes” e, nesta medida, nada impede a empresa de cobrar pela emissão dessa factura com informação adicional face aos padrões definidos pela Anacom.
Este sentido provável de decisão ameaça mais directamente uma prática iniciada pela Meo recentemente. No passado mês de Março, soube-se que a operadora detida pela Altice passou a cobrar um euro pela emissão das facturas em papel. O custo foi justificado pela empresa como “um valor simbólico” associado a um “encargo administrativo”, com a empresa a aproveitar também para incentivar os clientes a aderirem à fatura eletrónica, mais ecológica e prática. Desculpa ecológica, digamos assim.
Desta forma, a Meo deverá ficar impedida de cobrar qualquer valor pela emissão de factura. O comunicado remetido pelo regulador aos jornais, porém, não faz qualquer menção à Meo. Este dossiê entrou na fase de consulta pública.
Vamos ver como isto agora irá terminar, embora com grandes empresas, já se sabe que quem irá pagar tudo isto no final seremos nós consumidores!