Boas.
Hoje enquanto via a NET descobri um artigo bastante interessante que falava sobre a educação e filhos. E lembrei-me disto e de uma consulta que quanto tal vou ter que marcar para a minha pimpolha, porque ela anda com dificuldades a ouvir, embora selecione bem. Se eu lhe disser que tem que arrumar os brinquedos que andam pelo chão, ela não ouve nada, mas se lhe disser que tenho na mão um chocolate para ela, eis que o Speedy Gonzalez voa pela casa.
Mas voltando ao que eu falava, o artigo referia coisas que as crianças deveriam saber antes de atingirem a adolescência.
Uma das regras faladas era sobre os pimpolhos seguirem o exemplo dos pais
Uma das vertentes que era tratada, era de não querermos que o nosso filho seja uma «coisa», que nós não somos. Muitas das vezes queremos que os nossos filhos sejam coisas que nós só apregoamos, mas que não as colocamos em prática. Se nós dizemos para eles serem atenciosos com os outros e nós não o somos qual o exemplo? Se lhes dizemos para fazerem voluntariado e nós temos o rabo alapado no sofá a ver o futebol, o que estamos a transmitir?
A influência dos pais
Achamos que os filhos são sempre do contra (e quem não achar é um caso raro), mas curiosamente isso não é bem assim já que por trás, os miúdos são mais papagaios das nossas ideias do que nós próprios e claro que estamos com a ideia de que aquilo que lhes dizemos entra a cem e sai a duzentos. Portanto, o discutirem connosco, faz parte, mas geralmente depois seguem as opiniões que lhes transmitimos. E os filhos geralmente admiram imenso os pais. Mas claro que raramente dirão isso. Ou quantas vezes é que nós dissemos isso aos nossos pais?
Sermos nós próprios
Nós temos que decidir o que é de facto importante para os filhos, mas temos que ser um exemplo. Por exemplo, ao estarmos à mesa dizemos que não é para levantar sem todos terem terminado, qual é a nossa moral se nós somos os primeiros a ir para a sala para ver televisão? Ou seja, não vale a pena pregar coisas que não praticamos porque eles são pequenos, mas não são parvos.
Ser verdadeiro
Só podemos «exigir» ao nosso filho que não minta, se o nosso exemplo for esse mesmo, porque já dizia a minha avó tem a perna curta e mesmo os filhos pequenos, têm sempre os seus sentidos alertados para aquilo que não bate certo.
Ter o máximo de educação
Isto é daquelas coisas que parecem básicas mas que muitas das vezes não o são. Se isto é daqueles pilares que teoricamente, faz parte da lista de todos os pais, há famílias (e isto tem que ser trabalhado mesmo com a tua família, porque temos todos que remar no mesmo sentido) que não se esforçam muito para a desenvolver nas suas crianças. As crianças podem defender os seus pontos de vista, sem humilharem os outros. e como isto se aplica às crianças, a nós também se encaixa perfeitamente.
Ter muita atenção aos segredos
É uma alínea importante especialmente em relação ao bullying já eles têm de saber que se se sentirem ameaçados não têm de guardar segredo. Muitas vezes, para eles uma ameaça é culpa deles, e não do agressor. Isso é um perigo enorme, e eles têm de saber que podem contar com a ajuda dos adultos, até porque o não relatar o que se passa leva a que os agressores tenham cada vez mais poder.
Ter cuidado com os sermões
É muito importante dizer que não a uma criança. Mas tanto ou mais importante que isso, é explicar o porquê do não. Claro que isto terá que ser adaptado caso a caso. Não se pode dar a mesma explicação a uma criança de 3 ou de nove anos. Nós pais temos que ter os nossos filhos bebé no coração, mas ver aquele ser que cresce a cada dia que passa à nossa frente e que estão a entrar em fases diferentes.
Dar a perceber que os actos têm consequências
Boas ou más, eles vão ter de viver com as suas escolhas. Às vezes pequenas coisas ajudam. Se lhe disser que tem que colocar o tablet a carregar para ela depois brincar um pouco e ela não o fizer, verá que não tem brincadeira porque não fez o que lhe disseram.
Ensinar a ser boa pessoa
Isto parece que é daquelas coisas que não se ensina, porque já está na maneira de ser de cada um, mas a generosidade e o altruísmo de cada pessoa podem ser moldadas. Os miúdos ao serem colocados em lugares de responsabilidade como associações de estudantes, nos escuteiros, ou até num grupo no seu infantário ajuda a que os mesmos para além de se responsabilizarem por eles, também façam parte de uma equipa. E pobre qualquer um pode ficar, doente pode acontecer a qualquer pessoa, mas hoje em dia o que se vive é exactamente o oposto. É quase só o nosso umbigo.
O Natal daqui a pouco está aí e as nossas crianças terão mil e um brinquedos, em que muitos deles serão dados ou deitados para o lixo sem serem usados. Porque não usar esse brinquedo ou o dinheiro dele para fazer outra criança feliz? Nunca se esqueça que as nossas crianças são o reflexo do nosso comportamento.