Boas.
Aqui há uns dias trouxe aqui um artigo que falava sobre alguns cuidados que se deve ter em relação ao frio. Mas as mãos faixas etárias onde é mais complicado lidar no tempo de Inverno é os idosos e muito naturalmente os miúdos. E se então forem como a minha pimpolha ainda pior, já que para além de nunca ter frio (como é natural nos miúdos) ela e a roupa da cama têm uma relação complicada porque consegue estar descoberta dois minutos depois de adormecer. E embora este Inverno não esteja a ser de muita chuva, já em relação ao frio a situação é pior.
E com isso a época dos espirros, da tosse, da febre e dos dias passados em casa começa a ficar na «moda». E para não se ter os miúdos constantemente de molho (como dizia a minha avó) aqui deixo alguns conselhos.
Em 2009 (parece que foi há meia dúzia de dias, mas faz dez anos) toda a gente falava da gripe A, mas foi das alturas em que os Pediatras tiveram menos infecções respiratórias e gastroenterites para ver. Isto aconteceu porque toda a gente redobrou as medidas de controlo e os cuidados a ter.
Mas para evitar tudo isto, uma das coisas a ter em atenção é as mãos.
As bactérias e os vírus transmitem‑se pelo ar – quando olhos, boca ou nariz ficam expostos a gotículas de quem já é portador. E em relação a isto, a solução é criar uma distância mais ou menos segura (que será mais de um metro), o que quase nunca acontece, especialmente quando se fala de crianças. Mas também se transmitem de forma indirecta, através das mãos, ou seja, quando se toca em objetos ou superfícies infetadas e depois mesmo sem querer as levamos à boca, ao nariz ou aos olhos. Assim convém lavar frequentemente as mãos dos miúdos e peça na escola para fazerem o mesmo, embora se saiba que isso nem sempre é fácil. Mas se os miúdos já são autossuficientes nessa matéria, ensine‑os a lavar as mãos convenientemente. Esta parte é muito difícil, mas insista com eles para não andarem sempre de dedos na boca. Tente levar isto na brincadeira.
Evitar o contacto
Se a sua criança estiver doente, deve ficar em casa e evitar o contacto com outras crianças. Levar o seu «terrorista» doente para a escola é colocar em risco todas as outras, além disso, cria um círculo de transmissão que é possível que volte a atacar onde começou – no seu filho. Ensine‑os também a usarem lenços de papel para se assoarem e a espirrar ou tossir para a zona do cotovelo e não para as mãos. Mas não se esqueça que os miúdos emitam bem. Se você não o faz, porque será o seu filho a fazer?
Olha os ouvidos
Um dos problemas que muitos pais se deparam são as otites. Estas vêm de dentro e não de fora. A maioria são inflamações causadas por secreções que sobem para o ouvido pelo que é essencial manter as vias aéreas limpas para as prevenir. Se estão entupidos e constipados, ao lavar o nariz aos miúdos com soro fisiológico ou até água do mar pode ajudar a prevenir otites. O ar frio e o vento não provocam esta maleita, mas podem causar dor de ouvidos. Em dias especialmente ventosos e frios ponha‑lhes um gorro na cabeça ou um protetor de ouvidos e embora não seja muito usual aqui por estas bandas.
Nem tudo o que parece é
Não é o frio da rua, mas sim os espaços quentes e fechados que mais facilmente põem as crianças doentes. Espaços muito aquecidos secam a mucosa nasal, retirando‑lhe as defesas naturais, e os espaços pouco arejados e com muita gente são o um viveiro de doenças que se propagam pelo ar. O ideal é evitar espaços fechados (como os centros comerciais apinhados) e com muita gente durante o inverno. Quando isso não é possível, por exemplo em casa ou nas salas das creches e escolas, deve haver sempre uma porta aberta e, idealmente, um pouco de uma janela para que o ar possa circular.
Ser farmacêutico por conta própria
Dar de vez em quando um paracetamol para baixar a febre é uma coisa, dar outro tipo de medicação à criança, sem ter sido receitada pelo pediatra ou o médico assistente é outra muito diferente. A automedicação da criança – pelos seus responsáveis, normalmente pai ou mãe – pode causar danos à saúde, agravando ou mascarando uma doença e debilitando o sistema imunitário. E para além do mais não nos podemos esquecer que o que faz bem a uma pessoa pode não fazer a outra. E nisto é para graúdos ou miúdos.
Ter o máximo de atenção aos sinais
Quando o seu miúdo está sempre doente não é apenas uma força de expressão e a criança está, de facto, doente muitas vezes, isso não deve ser encarado como uma coisa muito normal. Estes casos devem ser expostos acompanhados de perto pelo pediatra da criança e se necessário encaminhado para uma consulta de infectologia para que se possa apurar realmente o que se passa. Não se esqueça que mais vale prevenir.
E não se esqueça dos seus direitos
Informe‑se sobre quais são os seus direitos. No que diz respeito a faltas relativas a apoio à família a legislação prevê que pode faltar ao trabalho até trinta dias por ano (ou durante todo o período de hospitalização, caso seja o caso) no caso de assistência a um filho com menos de 12 anos, doença crónica ou deficiência e 15 dias, se a criança for maior de 12 anos. Sendo que é um caso curioso este da idade. Se o filho tiver doze anos e um mês só é filho a part-time? O subsídio diário que recebe corresponde a 65% da remuneração habitual. O que neste país é normal!!