Boas.
Hoje trago aqui um artigo, que para quem é pai e esperando nunca precisar dos conselhos, nunca é demais sabê-los. E o mesmo fala sobre os nossos pimpolhos e em que situações se deve levá-los às urgências. Ao falar nisto, não falo sobre uma ligeira constipação mas sobre algo mais grave. Vamos lá então:
A febre não baixa
Em si mesma, a febre não é uma doença nem um sintoma que deva preocupar demasiado os pais que a vigiam, desde que não seja muito superior a 37ºc ou 38º c (conforme seja tirada na axila ou no recto da criança) nem se prolongue demasiado no tempo (mais do que 3 dias). Referindo isto, febres que sejam acima dos 39º c em crianças até aos seis meses exigem sempre uma ida ao médico. A partir dessa idade o alarme dispara aos 39,5º c.
Feridas abertas
Claro que não falo daquelas pequenas escoriações mais superficiais que as crianças são «especialistas» a fazer nas brincadeiras do dia-a-dia, mas de feridas abertas que sejam particularmente grandes, profundas, sangrantes, a necessitar de uns quantos pontos com mão hábil para fechar. Segundo os Pediatras, em casa pode começar por limpar o ferimento com água corrente ou soro fisiológico, depois desinfectar com betadine e proteger com uma compressa limpa. Depois disso só com quem sabe.
Dificuldades respiratórias
Isto pode resultar de asma, alergias, infecção pulmonar ou dar-se o caso de a criança ter engolido ou inalado algo que lhe obstruiu as vias respiratórias. Sente-a direita – deitá-la só piora a situação –, sem cansá-la nem fazê-la falar, e faça-a inspirar pelo nariz e expirar pela boca (até como forma de se acalmar). Mesmo que lhe pareça recuperada, leve-a ao médico para despistar possíveis lesões. Mas mantenha a calma, até porque muitas das vezes as crianças são o espelho de quem as está a tratar.
Prostração acentuada
Uma coisa é o nosso filhote vir mais cansado da escola ou da natação, outra é mostrar-se anormalmente sonolento, prostrado, até mesmo inerte (e nós como pais vemos logo a diferença de uma situação normal). Independentemente do que possa estar a causar a prostração acentuada, é outro sinal de que deve levá-lo às urgências para ser visto por um médico.
Diarreia ou vómitos com sangue
Só diarreia ou só vómitos são sintomas que os pais devem vigiar com atenção mas sem grande alarmismo, considerando a possibilidade de uma gastroenterite (o que é relativamente normal) que irá passar em breve. A menos que uma ou outra evacuação venha em grande abundância (ao ponto de causar desidratação) e com sangue à mistura, factores que atestam tratar-se de algo mais grave que justifica levar o seu filho ao hospital sem hesitar.
Pele azulada
A cianose regra geral indica que a criança está com falta de oxigénio no sangue e deve fazer soar campainhas de alerta nos pais se for repentina e surgir associada a dificuldades em respirar e adormecer, cansaço extremo, flacidez no corpo, músculos do peito retraídos a cada movimento respiratório, perda de apetite, irritabilidade e outros sintomas fora da norma.
Reacções alérgicas graves
São as chamadas reacções anafilácticas e surgem de repente, potencialmente graves e fatais, com sintomas disseminados por todo o corpo a incluírem inchaços, dificuldade em respirar, desmaios, pruridos, silvos, palpitações, sensação de formigueiro, tonturas e outros, dependendo da criança e da reacção. Uma vez que o choque pode ser mortal, há que procurar ajuda de imediato.
Pancadas fortes na cabeça
Até se pode desdramatizar o embate enquanto fala com a sua criança, de forma a tranquilizá-lo no imediato, porém não deixe de levá-lo às urgências para garantir que não houve hematoma cerebral (com risco de sangramento intracraniano) ou outro tipo de lesão neurológica mais ou menos permanente, incapacitante ou até fatal no futuro. Convém sempre despistar a gravidade do trauma, não facilite. Olhe para o caso da mãe da criança. Hi hi hi!
Febre com erupções agudas
Esta é mais uma situação com febres altas que sugere que a criança poderá estar com uma doença infecciosa como a escarlatina, febre da carraça ou outra que necessite de antibiótico e, como tal, de uma ida ao médico para fazer o diagnóstico correto, dar início aos tratamentos e instruir os pais quanto ao melhor procedimento a seguir em casa.
As crianças por norma são fortes, mas temos que ter o máximo de atenção para que as consequências não sejam graves.