Boas.
Desde que frequento o ginásio, tenho que ser sincero e admitir que me sinto muito melhor e reconheço que quando não vou sinto falta de algo. Quando por vezes ouvia alguém dizer isto até poderia pensar que isto soava a história, mas agora que lá ando reconheço que é mesmo assim.
Mas para o bem-estar do corpo não é só o exercício físico, a alimentação é algo muito importante para o nosso bem-estar. E se muitas vezes, as pessoas estão habituadas à gordura, açúcar e falsos alimentos light, a verdade é que não existem superalimentos, mas sim uma alimentação variada, equilibrada.
Muitas vezes a palavra saudável é colocada em tudo o que é alimento, mas muitas vezes chega vazia de qualquer sentido. Por ser «saudável», um alimento consumido em excesso não será necessariamente muito bom para nós. E isso acontece com as coisas light, adoçante, isento de açúcar ou de glúten, sendo que tudo isto não é sinónimos de mais e melhor saúde. Mas uma dúvida que assalta a maioria das pessoas é onde podemos encontrar, as melhores alternativas?
Em primeiro lugar temos que que estabelecer metas, porque acima de tudo, temos que ter em mente que devemos preferir. Alimentação saudável ou equilibrada não têm de ser sinónimo de sacrifícios, mas devemos conciliar o saudável com o equilíbrio. Neste parâmetro também cabem os doces e outros “pecados” da gula, mas como em tudo na vida é tudo uma questão de proporção. Uma nata uma vez por semana a acompanhar o café não faz mal, mas se fizer isto todos os dias já saberá qual a resposta.
- mesmo aqueles alimentos com propriedades saudáveis não os devemos consumir em excesso. A fruta é um desses exemplos. Se as uvas são uma boa fruta, isso não quer dizer que vá comer meio quilo de uma vez.
- nas gorduras é exactamente a mesma coisa. Um dos exemplos é o óleo de coco, que apesar de ser uma gordura saturada, é constituído por ácidos gordos de cadeia média com um metabolismo hepático diferente (o que é menos prejudicial do que outras gorduras). Mas, a sua aplicação em doçaria torna-se por vezes perversa, dado ser um aporte de gordura excessivo ao qual acrescemos açúcares.
- outra coisa que por vezes nos deixa confusos são os açucares. O xarope de agave, mel, açúcar de coco ou o açúcar mascavado, representam nomes diferentes para consumirmos açúcares. E na finalidade todos são açúcares e a sua utilização representa, sempre, um número elevado de calorias. O melhor que podemos fazer é educar o nosso paladar, reduzindo-o ou eliminando-o.
- outra das coisas que por vezes somos enganados é as chamadas bolachas saudáveis, já que são alimentos com elevado grau de processamento e em média o valor de calorias por 100 gramas está entre as 400 a 500 Calorias (20 a 25% da Dose Diária Recomendada). Em resumo, uma porção de bolachas (entre quatro a cinco bolachas), equivale a consumirmos um pão médio. Isto em valores médios. Mas quem é que se fica por quatro bolachas?
- hoje em dia, uma das coisas da moda é ter uma dieta saudável com a ausência de glúten. Este é um conjunto de proteínas presentes nalguns cereais, as quais devem ser restringidas somente nos indivíduos com doença celíaca (intolerância ao glúten). Mas para a restante população, não existem benefícios em eliminar o glúten da alimentação. Temos que nos lembrar que o facto de um bolo não conter glúten, não faz dele um bolo mais saudável.
- os produtos light não são necessariamente mais saudáveis, pois têm uma redução num dos nutrientes, entre lípidos ou hidratos de carbono. Normalmente, estando apenas um dos nutrientes reduzido, possuem quantidades mais elevadas daquele que se mantém presente. Significa que podemos ter bolachas sem açúcar, ou com redução do mesmo, mas maior teor de gordura. Muitos produtos light disponíveis no mercado aportam mais calorias do que a versão congénere, ou uma diferença de calorias não mensurável. Acresce a tendência para ingerirmos mais produto dada a ilusão de podermos comer mais, de forma saudável, tratando-se de um produto light. É isso é um erro.
-outro erro que existe é dizer que determinado sal é melhor que outro, mas não existem variedades de sal mais saudáveis do que outras. O sal comercializado para alimentação é constituído por cloreto de sódio numa percentagem de, aproximadamente 40% de sódio e 60% de cloro. Sais como o dos Himalaias, Flor de Sal ou Sal Marinho são muito mais ricos em diferentes minerais. No entanto, e considerando um consumo máximo diário de sal de 5 gramas, o aporte nesses minerais será sempre baixo, não justificando a aquisição de um sal (até porque na maioria das vezes os preços são absurdos) face ao outro. Acresce que, quando consumimos um sal considerando-o mais saudável temos a tendência de ingerir mais, comprometendo os limites diários apontados atrás.
Acima de tudo temos que pensar e ser mais saudáveis.