Natal, balbúrdia linda
Boas.
E cá estamos nós no último Domingo antes da chegada do Pai Natal. Hoje é o dia dos centros comerciais terem aquele medicamento anti-covid em funcionamento já que o número de pessoas que aí circula deve prestar um susto tramado ao bicharoco.
Aquela coisa da paz e harmonia entre todos, depressa é esquecida quando só existem dois brinquedos e cinquenta clientes. Claro que antes de entrar nos corredores das lojas, ainda temos o problema do estacionamento e digo isto porque mesmo que a nossa viatura fosse o trenó do Pai Natal iriamos conseguir arranjar um lugar para estacionar mesmo que só tivesse passado uma hora do centro abrir.
Depois também temos a confusão dos horários, onde os Governos devem ter assinado um acordo com o vírus para ele estar ausente das filas e confusões enormes.
Depois também temos o temo de espera que nos calha quando quisermos entrar numa loja. E aqui não falo de lojas estilo Primark, onde as filas para entrar são equiparadas aquelas que existiam na década de 90 para meter os papeis do IRS, mas falo na maioria das lojas onde o distanciamento social é pura e simplesmente esquecido. Posteriormente ainda temos uma coisa que sempre me intrigou que é o aparecimento mágico do dinheiro. E digo isto porque apesar de sermos bombardeados constantemente com a crise, a verdade é que vemos as pessoas a comprar como se não houvesse amanhã e seja a pronto ou a crédito, estas coisas terão que ser sempre pagas.
Eu sei que basta andar na Internet para se verem milhares de posts que nos falam que o Natal é de valores, mas basta andar em qualquer lado das nossas cidades para se ver que muita gente tem os seus valores, mas valores materiais acima de tudo.
Eu sinceramente pensei que esta Pandemia que ainda nos assola a todos fizesse com que os valores humanos estivessem acima de tudo, mas existem pessoas que ao ouvirem falar numa vacina parece que ficam outra vez doentes de valores.
Nunca nos podemos e devemos esquecer que a melhor prenda que podemos ter, quer no Natal, quer no resto do ano é a presença daqueles que gostamos.