Boas.
Embora as eleições presidenciais tenham acontecido há dois dias, a verdade é que devido ao Covid e às noticias que nos chegam constantemente sobre isso, a verdade é que o Marcelo parece que está no lugar vai para muitos e muitos anos.
E embora eu de política possa não perceber muito, a verdade é que ao ouvir os comentadores quer em rádios, quer nas televisões e lendo alguns, vejo que afinal não sou o único que não sou grande perito nesta matéria.
O Marcelo foi sem sombra de dúvidas o grande vencedor e isto sozinho. E digo estas palavras porque vi o PSD, o CDS e menos o PS a tentarem colar-se a esta vitória. Mas o que esta gente não vê ou não quer ver é que o Marcelo sem partido a apoiar a sua candidatura ou com o apoio do partido do nosso bairro limpava, estas eleições. E ver o festejo dos três partidos referidos anteriormente dá vontade de sorrir. E ver o CDS a festejar faz lembrar uma equipa que durante um campeonato ganha a um dos grandes, mas quando chega à última jornada cai na realidade e vê que desceu de divisão.
Depois tivemos a Ana Gomes, a qual conseguiu ter o segundo lugar à frente do Ventura (por pouco), mas que foi quase esmagada nos resultados totais.
No último lugar do pódio tivemos o André Ventura que quer se goste ou não foi o segundo vencedor da noite. Se é verdade que não se impôs a Ana Gomes, por outro lado passou de 1,6% de votos para cerca de 12%. E se até aqui era o partido do candidato único, a verdade é que embora seja a única cara visível, é que já começa a incomodar muita gente. E se arranjar mais pessoas de choque para as legislativas poderá colocar o Rui Rio bem preocupado.
Em quarto lugar tivemos o João Ferreira, que embora se queira impor com uma nova imagem do PCP, a verdade é que este sendo um partido histórico começa cada vez mais a ser uma sombra do que foi. Como em tudo na vida as coisas evoluem e os partidos políticos para além das suas ideias base, tem que ir de encontro às pessoas e isso não tem acontecido. E se um dia acontecer, pode ser tarde demais até porque por norma o seu apoio é de pessoas mais velhas.
Em quinto lugar tivemos a Marisa Matias, a qual tinha o carimbo do Bloco de Esquerda, mas que nem assim foi suficiente para ficar mais acima nos votos. E a verdade seja dita que foi daquelas candidatas que ficou mais junto dos holofotes quando aconteceu a polémica dos lábios vermelhos com o Ventura. E se até aqui se via muita gente nova colada ao Bloco, a verdade é que essa massa humana parece que desapareceu.
Depois tivemos o Tiago Mayan, que de ilustre desconhecido passou a ser uma cara reconhecida por muitos. Embora a sua presença não traga muito carisma, a verdade é que este até trouxe alguns temas que foram importantes serem debatidos. Só é pena que os mesmos não tenham sido mais aprofundados. E com isso a Iniciativa Liberal pode passar do partido com uma só voz, para ser mais ouvido no parlamento
Em último lugar lá apareceu o Vitorino Silva, mais conhecido pelo Tino de Rans. O mesmo até pode ser limitado nos seus conhecimentos, mas a verdade é que este ainda foi o único a ter tino para ficar em casa e ter uma campanha eleitoral a partir de casa. E mesmo assim consegue ter mais de 122 000 votos.
E por último tivemos a abstenção que rondou os 60%. Se em outros anos este número era quase um absurdo, a verdade é que em ano de pandemia, isto até nem foi assim tão mau. E ao contrário do que se previa. Deu para ver que quando se quer somos um povo bem mais forte do que se julga.
Estando eu a presidir uma mesa de voto, em que o número de votantes ultrapassou os 60%, fiquei feliz por este motivo e porque era uma equipa que independentemente das suas ideias politicas, funcionou como equipa.
Uma última palavra tem que ser para as pessoas mais importantes desta eleição e essas são os votantes porque uma Democracia só serve para alguma coisa quando existem pessoas e ver (e nisto só posso falar da mesa que estive) que muita juventude e muitas mulheres foram votar, dê para perceber que este é (ainda) um país com futuro.