Boas.
E chegou ao fim mais uma época no que ao futebol diz respeito. Depois do Sporting ter feita a festa na Liga NOS, agora foi o Estoril a festejar a liga SabSeg e com o Vizela a festejar também a subida de divisão. Da segunda liga irão descer o Vilafranquense e a Oliveirense. Depois esta semana ainda teremos os jogos decisivos entre o Arouca e o Rio Ave para saber quem fica na Primeira Liga.
Mas o que me levou aqui a escrever estas linhas foram números, mas aqueles associados ao símbolo do euro.
Esta época foi disputada durante uma pandemia que ninguém pensava que pudesse acontecer e a somar a isso ainda existia (e existe) uma grande instabilidade financeira, mas mesmo com todas estas condicionantes, os clubes na sua totalidade gastaram mais de 180 milhões de euros em contratações.
Nunca na história da Liga Portuguesa se tinha gasto tanto dinheiro. E já na época anterior se tinha gasto mais de Outro dado curioso é que a segunda época com mais gastos foi a anterior a esta, altura em que surgiu o novo coronavírus e colocou o campeonato português em standby durante meses. Nesse ano, as equipas da primeira divisão desembolsaram um total de 175 milhões de euros.
Só o Benfica gastou para esta época 105 milhões de euros, sendo que na compra mais avultada da equipa de Jorge Jesus que foi a de Darwin Núñez, vindo do UD Almería (da segunda liga espanhola), o clube da luz gastou 24 milhões de euros, fazendo com que esta tenha sido a transferência mais cara do nosso campeonato.
Já o clube de Alvalade foi mais contido nas transferências, tendo gasto cerca de 28,9 milhões de euros, sendo a maior compra o futebolista Paulinho que rendeu ao Sporting de Braga 16 milhões de euros.
O FC Porto gastou um total de 22,6 milhões de euros em contratações. O atleta mais caro para os dragões foi o brasileiro Evanilson, que custou aos cofres dos dragões cerca de 8,7 milhões de euros.
Entre gastos e receitas, o saldo de transferências desta época situou-se no 110,1 milhões de euros, o valor mais baixo dos últimos seis anos.
Mas o que me chamou a atenção foi o facto dos três grandes terem gasto cerca de 156,5 milhões de euros, sobrando com isso cerca de 26 milhões de euros para 15 clubes.
Eu como adepto dos dragões é óbvio que aquilo que eu quero é que o meu clube ganhe, mas antes de gostar do Porto, gosto de futebol e existir diferenças tão grandes entre as despesas (e receitas como é óbvio) dos três grandes para os restantes é colocar o futebol com dois pesos e duas medidas. O que se passa na Liga NOS, ou na futura Liga Portugal Bwin é algo que se os pensadores do nosso futebol não mudarem daqui a uns anos, as coisas poderão mudar para pior.
Mas a ver vamos!!