Boas.
E hoje em todo o Mundo (pelo menos aquele que é livre) é celebrado o Dia do trabalhador.
Aquilo que em 2021 é visto por muitos apenas como um feriado (e este ano é uma chatice porque é a um Sábado) é uma data que todos nós deveríamos celebrar e recordar porque para podermos estar nas ruas a celebrar ou no sofá a descansar foi preciso que muito gente fizesse inúmeros sacrifícios, muitos terminando da pior maneira.
Até porque muita gente desconhece desconhece a história por detrás do 1 de maio.
Esta data nasceu num protesto na cidade de Chicago nos Estados Unidos da América.
Os trabalhadores revoltados com o seu horário que chegava a 18 horas diárias exigiam oito horas de trabalho, oito horas de lazer e também oito horas de repouso. Não nos podemos esquecer que isto aconteceu em 1886, sendo que nessa altura os direitos laborais eram basicamente uma miragem.
No dia 1 desse ano, o protesto contou com 50.000 trabalhadores na manifestação. A polícia, sem aviso prévio, disparou então sobre a multidão, matando 10 pessoas e fazendo dezenas de feridos.
Apesar do caos que reinava nessa cidade, o Presidente da Câmara permitiu, passados três dias, a concentração de vários trabalhadores naquela que ficou conhecida como a revolta de Haymarket. Nessa manifestação, que contou com a presença de cerca de 20.000 trabalhadores, o presidente pretendia garantir a segurança dos protestantes. Mas foi em vão já que o chefe da polícia ordenou a 180 agentes que interviessem contra os manifestantes. No meio da confusão, rebentou uma bomba que matou um polícia. Como resposta a Policia abriu fogo contra os trabalhadores, sendo que o número de vítimas não foi contabilizado.
Um mês depois, foram julgados mais de 30 trabalhadores acusados de serem os autores dos motins. Posteriormente, o número foi reduzido para oito. O julgamento feito na altura ainda hoje é considerado uma farsa. Três das pessoas acusadas foram condenadas à prisão e cinco foram condenados à forca.
E desde então o Mundo passou a celebrar a data em homenagem.
Mas esta luta já tinha antecedentes, porque em 1829, foi aprovada em Nova Iorque uma lei que proibia que se trabalhasse mais de 18 horas por dia, mas existia a excepção que dizia “salvo caso de necessidade”. Se isto acontecesse, o trabalhador podia então trabalhar mais do que o estabelecido mas os patrões teriam que pagar uma multa de 25 dólares.
Foi no ano de 1868, que o presidente Andrew Johnson promulgou finalmente uma lei proibia que se trabalhasse mais de 8 horas por dia. Foram 19 os estados que adoptaram práticas semelhantes com um limite máximo de 10 horas de trabalho diárias.
Hoje em dia tudo nos parece difícil e o nosso espirito de luta colectiva está enfraquecido, mas o que estas ( e muitas mais pessoas) passaram faz com que nunca nos podemos esquecer que se hoje até estamos numa situação positiva no que diz respeito à relação entidade patronal com o empregado devemos muito a esta gente!