A batata que faz mal, mas que se come
Olá.
Hoje enquanto estava a pensar no que deveria escrever comecei a ouvir as notícias que nos chegavam do lado de lá da fronteira. Em causa estavam os protestos contra a prisão do rapper Pablo Hasél. Em causa estão canções que colocam em causa o poder instituído especialmente no que diz respeito à Monarquia.
Sinceramente não sei quem tem razão, mas ao ver que centenas de pessoas marcham em ruas e começam a vandalizar e a assaltar lojas de marcas internacionais deixa-me sempre com a pulga atrás da orelha. Eu sei que muitos desses manifestantes dizem que são contra o poder instituído e que querem mudar as coisas, mas ao destruir e a roubarem estes locais, basicamente destroem o ganha-pão de muitas centenas de funcionários que são tão espanhóis ou mais que eles. Eu sei que lidar com estas situações nem sempre é fácil, mas se as autoridades locais não colocam travão no inicio de uma crise destas, isto poderá levar a situações quase incontroláveis.
Nós enquanto portugueses estamos habituados a uma terra de paz e sossego (em relação ao que se vê lá fora), mas temo que um dia destes esta semente do mal possa vir para terras lusas e aí veremos a força com que as nossas policias e politicas conseguem lidar com isso, até porque se existir uma reacção fraca ou passiva isso poderá dar força a partidos como o Chega. E a verdade seja dita é que este partido faz-me lembrar as batatas fritas. Toda a gente diz que faz mal, que não come, mas chega ao fim e toda a gente tem a batata no canto da boca.
E se até aqui o pacote estava quase vazio, o mais cero é que este vá enchendo cada vez mais.