Doidas, doidas andam as galinhas…
Olá.
De vez em quando trago aqui uns artigos que nos falam sobre a nossa alimentação e desta vez é sobre a origem dos produtos que muitas das vezes se fossem chamados pelos verdadeiros nomes, o mais provável é que não quiséssemos comer alguns deles até porque podem saber bem, mas o saber a origem de determinados alimentos poderia fazer com que o nosso apetite desaparecesse. Cá vão alguns exemplos:
Foie Gras – Esta especialidade – geralmente extraída de patos ou gansos engordados – é literalmente traduzida em “fígado gordo”, mas em francês o nome soa muito melhor. No entanto, nem todos os “fígados gordos” provêm de aves alimentadas com ração. Existem quintas que criam os animais em liberdade e são estes que escolhem o seu alimento. O grande problema é o seu preço, que faz perder o apetite à maioria de nós.
Caviar- Outra extravagância – normalmente utilizada como entrada ou para enfeitar pratos – que na verdade são ovas de peixe curadas em sal. E que em alguns casos custam quase fortunas!!
Queijo roquefort- Também conhecido por queijo azul, esta especialidade de queijo francesa deve o seu nome ao local onde era originalmente produzido: Roquefort-sur-Soulzon. O apelido de queijo azul provém do aspecto azulado ou esverdeado que o queijo apresenta. Este aspecto é na verdade bolor, provocado por fungos. Durante o seu fabrico, são injectados fungos na massa, que passa por um período de maturação de três meses. São estes fungos que desenvolvem no roquefort a aparência característica com veios verde-azulados, que lhes conferem o sabor especial. Os apreciadores dizem maravilhas, mas pessoalmente dispenso bem!!
Bacon- O bacon, produto tipicamente americano, mas popularizado em todo o mundo, nada mais é do que barrigas de porco fatiadas, que são fumadas, salgadas ou curadas. E quem não gosta dito que levante o braço.
Escargot- Conhecidos em Portugal como caracóis, são uma especialidade apreciada por uns e odiada por outros. Antes de serem mortos e confeccionados, os tractos digestivos destes animais são retirados. Depois de serem mortos, temperados e confeccionados, os animais voltam a ser colocados dentro da concha e são servidos. Caracóis grelhados é daquelas coisas que gosto de me lembrar quando faço dieta, já que me faz perder o apetite!
Dobrada- Este prato típico do norte de Portugal, geralmente acompanhado por arroz e feijão, é na verdade estômago de animais, geralmente de vaca. Quem não gosta de umas tripinhas à moda do Porto? Não deixa de ser nojento, mas é tão bommmmm!
Gelatina- Existe em vários sabores, mas é feita a partir dos mesmos ingredientes: proteínas retiradas da pele e ossos de carcaças de animais. Posteriormente estas proteínas são misturadas com outros componentes, nomeadamente os sabores e colorantes. Qual a criança que não gosta do tutano retirado dos ossinhos das vacas?
Salsichas- Apreciadas em todo o mundo, as salsichas consistem em tripas, naturais ou sintéticas, que são enchidas com carne moída. Esta carne provém principalmente de sobras e de gordura, mas é das comidas mais ingeridas do mundo!!
Iogurte- Este produto básico nada mais é do que leite fermentado, através das culturas de bactérias que lhes são adicionadas. Estas bactérias produzem ácido lácteo, que coagula o leite e o torna mais consistente. E já marchava um iogurte de amoras!
Queijo fresco- O processo de fabrico do queijo produz sobras, nomeadamente coágulos e soro de leite. O queijo fresco consiste nestas duas sobras do queijo que será curado. E que é extremamente saboroso!
Acima de tudo temos que educar o nosso cérebro. Aqui há uns tempos fui com a minha pimpolha ao Burger King onde ela estava a comer Nuggets de Frango. Quando lhe disse que ela estava a comer galinha, ela ficou a olhar para o pedaço que tinha na mão e a pensar na música doidas andam as galinhas, e depois de olhar para aquilo durante uns segundos lá comeu. Por isso é que digo que quem manda no nosso estômago, é o nosso cérebro.