Escolha com sabedoria
Olá.
Agora que estes dias de confinamento estão a começar a colocar as pessoas mais chonés que o normal, é tempo de se começar a fazer uma análise ao tempo que muita gente tem passado em casa. E um destes aspectos é na nossa relação com os filhos e com aquilo que lhe damos de comer. E se muitos papás agora estão tramados porque levar os miúdos ao Mc ou à Pizza Hut diariamente é difícil, outros apostam nas entregas desses mesmos serviços através das entregas no domicílio. E depois temos a maioria (felizmente) que ainda pensam no que será melhor para os seus rebentos se alimentarem?
Aliás basta andar num supermercado e olhar para os carrinhos para se ver mesmo estes tipos de comportamentos.
E muitas a percepção daquilo que entendemos como bons alimentos pode ser induzida por mensagens publicitárias bem construídas, pensadas para nos levar a considerar que alguns alimentos são nutricionalmente ricos. Na realidade não o são, e se muitas vezes até fazemos de conta, outras existem em que somos bem ludibriados.
Um dos exemplos mais fáceis de dar, é a questão das frutas, onde hoje em dia para além da fruta fresca propriamente dita temos fruta de espremer, fruta líquida, sumos ou purés de fruta.
E por vezes parece que nos esquecemos que um alimento processado nunca substitui ou equivale a um alimento no seu estado em natureza. Mesmo que o valor nutricional seja igual, o comportamento metabólico no organismo, o modo como é digerido e processado não é o mesmo e isso faz uma enorme diferença na forma como o nosso organismo utiliza os nutrientes.
Resumindo, a fruta deve ser consumida como fruta.
E como isto tudo o resto, alimentos processados (como douradinhos, salsichas, almôndegas…) poderão ser consumidos em caso de emergência, mas se nos queremos manter mais saudáveis deveremos evitar isso, até porque são alimentos que até devido ao excesso de sal nos farão mal.
Uma coisa que às vezes me intriga é os pais dizerem que os seus filhos não gostam disto ou daquilo, mas que nunca deram aos seus filhos os alimentos para eles experimentaram.
Outro ponto é dos doces. Muitos miúdos (e graúdos também) comem açúcar de manhã à noite. Começam o pequeno-almoço com leite com chocolate e um bolo. Depois ao meio da manhã bebem um sumo de pacote mais um bolo, depois ao almoço bebem mais dois copos de cola e por aí fora. Depois vemos pais que dizem que os seus filhos não comem um quadrado de um chocolate porque isso só engorda.
Nem só as calorias contam, o efeito de saciedade conta. Às vezes três bolachas até poderão ter os valores de um pão, mas se um pão saciar muito mais e por mais tempo não é fácil de ver qual o melhor?
Se pensar e experimentar a saciedade de um pão ou de quatro bolachas, verá que é completamente diferente. Ficamos muitos mais saciados e por mais tempo com o pão.
Uma coisa que é fundamental é que nós como educadores temos que ser os primeiros a dar o exemplo. De pouco adianta dizer à minha piolha que tem que comer a sopa se ela não me vê a fazer isso.