HPV. Perigo silencioso!
Boas.
Hoje enquanto lia o que andava por aí a circular na Net deparei-me com uma entrevista que me chamou particularmente a atenção. Era uma peça em que a pessoa entrevistada era o Dr. Cláudio Rebelo (ginecologista) que entre vários locais, trabalha no Hospital Pedro Hispano. O assunto em causa era sobre a não inclusão no plano de vacinação para os rapazes da vacina do HPV.
E isto acontece num país que tem uma das incidências mais altas de cancro do colo do útero dos países europeus desenvolvidos, sendo mesmo o país com a taxa mais alta de mortalidade na Europa Ocidental. Em cada ano aparecem 720 novos casos, sendo que 390 acabam por ser fatais.
Estima-se que 75 a 80% das pessoas sexualmente ativas tenham contacto com o vírus em alguma altura das suas vidas. E podem infetar persistentemente uma pessoa e poderão provocar doença oncológica (cancro do colo do útero, cancro anal, cancro da orofaringe) sem apresentar sintomas.
Quais são os sintomas de alerta?
Infelizmente, quando as doentes apresentam sintomas a doença (cancro do colo do útero) já se encontra por vezes em estado avançado. O sintoma mais frequente é a perda de sangue durante as relações sexuais ou a dor intensa na penetração mais profunda.
A melhor forma de prevenção é a utilização do preservativo nas relações sexuais como único método barreira capaz de diminuir a incidência das Doenças Sexuais Transmissíveis, mas ter em atenção que o preservativo não evita totalmente a transmissão do vírus HPV.
Para se conseguir combater melhor esta doença, a implementação da vacinação dos rapazes era fundamental, até porque nestes últimos 100 anos esta foi uma história de sucessos sucessivos contra o cancro do colo do útero.
Mas temos que ter em mente informações sobre o HPV:
Estima-se que 75 a 80% das pessoas sexualmente ativas tenham contacto com o vírus em alguma altura das suas vidas;
Transmite-se muito facilmente durante o contacto sexual, genital ou oral; e não acontece só aos outros!
O Papilomavírus Humano infecta tanto homens, como mulheres – não distingue idade nem género;
Na maioria das vezes, a infeção pelo vírus não tem qualquer sintoma e mesmo quando a doença já está instalada, esta pode ser assintomática;
Na maior parte dos casos, a infeção provocada pelo HPV desaparece espontaneamente ao fim de 1 a 2 anos;
Não é possível prever quem irá desenvolver doença associada ao vírus;
A prevenção através do rastreio é essencial – qualquer pessoa sexualmente ativa pode estar infectada e infectar o seu parceiro sem saber.
Não se ponha em perigo nem ponha os outros.