Missão (Im)Possível
Olá.
Não sei se as pessoas se lembram de uma música dos Fúria do Açúcar que era: eu gosto é do Verão.
Tinha um refrão engraçado que era:
Eu gosto é do Verão
De passearmos de prancha na mão.
Saltarmos e rirmos na praia
De nadar e apanhar um escaldão.
E ao fim do dia, bem abraçados
A ver o pôr-do-Sol
Patrocinado por uma bebida qualquer.
Pois, este ano vai ter que se adaptar a letra, porque a continuar assim a prancha, deve ser a tábua de passar a ferro e saltar e rir só se for na sala patrocinados pelo gel alcoólico da moda.
Claro que existe sempre a esperança que isto melhore, mas segundo o que vem vindo à discussão estão a ser tomadas medidas de segurança para a frequência destes locais.
É que para a data normal de abertura da época balnear já não falta muito, já que o que está previsto é que isto aconteça no dia 1 de Junho.
Mas segundo aquilo que tem vindo ao conhecimento é que as praias irão ter uma lotação máxima, calculada em função da capacidade de cada espaço. O que em abono da verdade não vai ser nada fácil de definir.
Uma coisa que se tem falado é sobre distanciamento entre as pessoas e um espaço seguro para as sombras e para os chapéus-de-sol ou como se diz na minha terra os guarda-sóis. Mas isto do distanciamento será muito giro de ser aplicado em famílias. Se um casal levar dois filhos como irão fazer?
Uma das coisas que se tem falado é sobre o possível uso de máscaras pelos banhistas, sendo que é possível que se o uso seja exigido na frequência de restaurantes de praia ou bares de apoio. Numa esplanada vai se estar de máscara? E irão ser feitos modelos de máscaras mini como os fatos de banho brasileiros?
Claro que no papel é tudo fantástico e podem colocar-se mil e uma ideias, mas como se vai fazer com que tudo isto se cumpra? Num café ou num restaurante condicionar entradas e distância até poderá não ser muito complicado, mas como fazer isto numa zona com centenas de metros em que se pode entrar por imensos sítios e com milhares de pessoas a afluir aí?
E anda tudo preocupado com as praias, mas os transportes para lá como irão funcionar? Basta ver os autocarros ou o Metro aqui na zona metropolitana no Verão que se dirigem para as praias para ver que isso vai ser uma missão quase impossível e não estou a ver o Tom Cruise a salvar aqui o pessoal do Covid.