Natal sem pinheiro, não é Natal
Boas.
Estando nós a caminhar para o fim do mês de Novembro, o tema que está presente no nosso dia-a-dia continua a ser o mesmo. Seja nas televisões, na Net, nos jornais ou em qualquer outro meio a pandemia é daqueles assuntos que enjoa só de se sentir o cheiro. E com isso outras coisas vão passando ao lado da nossa vida. Talvez por isso é que embora goste de estar informado do Mundo que me rodeia, hoje em dia vejo cada vez menos notícias afim de preservar a minha saúde mental. Até porque a minha avó já dizia que tudo o que é demais, começa a enjoar.
E nesse aspecto nós adultos somos ainda mais responsáveis, já que para além de nós temos também que pensar (e muito) nos mais pequenos e idosos. E hoje vou falar particularmente da minha pimpolha. Ela com 5 anos já tem bem presente que devido a esta epidemia tem que ter certos cuidados, mas o que eu enquanto Pai tenho que me lembrar é que ela é uma criança e isso quer dizer que (com toda a segurança) tem que ser isso mesmo. E sujar-se, brincar, de vez em quando fazer umas asneiras e por aí fora, faz parte do seu processo de crescimento e a mim compete-me saber orientar a sua vida para o lado mais positivo. E por isso mesmo é que já na passada semana eu e ela deitamos mãos à obra e vai daí fizemos o nosso pinheiro de Natal.
Para além de ser uma época ainda mais alegre para ela, sei que o poder decorar a árvore significa muito já que é algo que ela consegue ver e descrever. E embora a religião não seja daquelas coisas mais presentes no nosso dia-a-dia, o presépio também lá está porque o mesmo no meu ponto de vista transmite valores muito positivos para a nossa vida. E o meu só não transmite mais positivismo porque o Belchior teve um acidente de perder a cabeça e coitadito lá foi parar à Lipor.
Mas voltando à árvore, este ano ainda me pus a pensar no que seria a melhor opção em termos ambientais. Se mantinha a árvore que tenho em casa vai para 7 anos, ou se iria apostar numa árvore natural, e para além de pensar na sustentabilidade do ambiente e da minha carteira, também pensei em termos de beleza.
Mais depressa pensava nisto e mais rápido me deparava com um estudo (da Universidade de Aveiro),em que se afirmava que a utilização de uma árvore de Natal artificial, feita de plástico, poderá ser uma escolha bastante sustentável se a reutilizarmos por, pelo menos, dez anos. Outra opcção que também é bem positiva é fazer uma árvore de Natal a partir de materiais usados como cartão, plástico, metal, tecido. E esta opcção faz com que se possa dar asas à nossa criatividade e também dar uma nova vida a coisas que, provavelmente, iriamos deitar fora.
Ou então se ainda gosta da velha tradição escolha uma árvore natural. Mas isso não quer dizer que tenhamos um impacto negativo nas nossas florestas já que podemos optar por alugar em vez de comprar.
Em boa verdade foi a primeira vez que ouvi falar do projecto Pinheiro Bombeiro o qual permite alugar um pinheiro natural, sendo que a árvore que irá para sua casa seria sempre cortada para limpar terrenos e prevenir incêndios. Para além disso, após o uso, será reaproveitada para biomassa. Para além do Ambiente, ao mesmo tempo estaremos ainda a ajudar os bombeiros portugueses, pois dos 20€ que custa o aluguer da árvore, 5€ revertem para a compra de material profissional para os bombeiros voluntários.
Mas para além das preocupações com a Natureza, esta é daquelas tradições que para mim está sempre no meu peito. Ao mesmo tempo que me recordo dos meus tempos de criança, fico alegre em ver a minha pimpolha a enfeitar a árvore e este é um dos momentos mais bonitos que a quadra natalícia me pode oferecer.
Sei que muitas vezes, esta é daquelas alturas em que damos valor ao que realmente é importante, mas se este ano de 2020 que foi negativo para a maioria da vida que até aqui tínhamos, traga o que o Natal tem de melhor, o Amor que nos une à nossa Família e Amigos.