Operadoras de telecomunicações, mudar ou não?
Boas.
Se tem andado num centro comercial decerto reparou que para além de lhe tentarem impingir um cartão de crédito, agora tem vendedores de operadores que tentam que você mude de marca. Ou oferecem (como quem diz, não é?) minutos, ou mais uns gigas de Net ou oferecem daqueles brindes que não valem o dinheiro, ou tentam chatear um bocadinho. Mas ao fim e ao cabo, os funcionários tentam fazer o que lhes é pedido.
Se é verdade que a maioria das pessoas não querem mudar, também existe outro grupo que pretende isso mesmo.
Mas se quiser mesmo mudar de operadora?
Neste tipo de decisões é importante analisar bem as nossas despesas e se o pacote contratado espelha bem as suas preferências pessoais.
Cada vez mais, os pacotes das operadoras de telecomunicações incluem TV + Internet + Telefone/Telemóvel. Tratando-se de três serviços que são utilizados diariamente, quanto menos pudermos pagar por uma solução mais completa e apelativa, melhor – mas para se mudar é preciso comparar primeiro os diferentes aspetos que deixo aqui.
- período de fidelização
Desde julho de 2016 que as operadoras de telecomunicações passaram a ter novas regras neste âmbito. Os contratos de fidelização só podem ir até um máximo de 24 meses e todas as operadoras são obrigadas a ter, no seu portefólio de oferta para os consumidores, pacotes mais acessíveis sem fidelização e com contratos entre 6 e 12 meses, ficando mais fácil mudar de operadora.
Mas chegou ao fim da fidelização e não anulou ou renovou o contrato. E agora? Não há problema, porque as operadoras estão proibidas de proceder à renovação automática. Estas são obrigadas a enviar-lhe um novo contrato.
- mas quais as despesas em que incorro se quiser mudar de operadora?
Para se desistir de um determinado serviço e mudar de operadora, é fundamental fazer uma análise de custos/benefícios. Não basta ligar e dizer que pretende cessar o contrato, pois essa anulação vai ter custos para si se estiver a fazer isso antes do fim do mesmo.
Logo para começar, vai ter de liquidar os custos que a operadora teve com a instalação dos equipamentos.
Mas tenha atenção que as operadoras agora são obrigadas a ter todos estes gastos previstos e escritos no contrato, para que o consumidor esteja sempre informado sobre o que terá de pagar.
- vale a pena ter centenas de canais?
Esta é uma pergunta habitual, até porque a maioria de nós não vê mais do que um conjunto de 15 ou 20 canais. Mas mesmo assim pondere bem, porque às vezes pode não ver muito um canal, mas gosto de um programa no canal x ou y que pode deixar de ter ao reduzir a sua escolha.
Para além dos canais, é preciso ponderar os serviços que vêm associados: videoclube para assistir a todas as novidades cinematográficas, uma box que permita gravar, avançar ou parar a emissão, aplicações para assistir TV no smartphone e/ou no computador aquisição de Netflix.
- e que velocidade posso ter de Internet?
No que diz respeito à internet, é preciso ver quer as opcções fixas (para ter em casa), como as móveis (para o telemóvel), quando pretende mudar de operadora.
Para a internet em casa, tem que ver se é por cabo cabo, ADSL ou fibra. Entre estas três escolhas, note que praticamente já não se usa ADSL e que hoje em dia cresce, a passos largos, a opcção de fibra ótica.
Esta última escolha é muito mais rápida, gastando menos energia, é também mais segura na transmissão de dados e sem perda de qualidade a grandes distâncias, com o bónus dos respetivos cabos não se degradarem ou enferrujarem.
São de ponderar ainda os limites mínimo e máximo de downloads e uploads e ainda o serviço de wi-fi em hotspots da operadora fora de casa.
Na internet móvel, há que ponderar, que para além da velocidade (quanto mais rápido, melhor), a cobertura da operadora, se o seu tráfego for normal ou esporádico
- Telemóvel: qual o tarifário mais atrativo?
Aqui a maior diferença será entre um plano pré-pago ou pós-pago, sendo que tem vindo a ganhar relevância este segundo, especialmente dentro das soluções que permitem chamadas ou SMS ilimitadas sendo que isto do ilimitado é subjectivo porque ao ler os contratos com atenção vai verificar que existem limites.
Todavia, no âmbito dos pré-pagos também existem opções com mais ou menos minutos de chamadas, SMS grátis e roaming, com ou sem carregamentos obrigatórios. Especialmente para os jovens, ainda há que ver, por exemplo, se o tarifário escolhido inclui apps sem gastar dados, tais como o Spotify ou o Facebook.
Com a proliferação e o sucesso dos smartphones, tornou-se cada vez mais comum a utilização de internet móvel. Ao comparar as diversas opções de pacotes, é por isso essencial ver até quantos Mbps vai a internet e qual o limite de tráfego permitido sem gastos extra.
Por último realço sobre a cobertura de rede. E digo isto porque por vezes a oferta pode ser fantástica, mas se a cobertura for deficiente de nada adianta. E falo por mim, porque se tivesse uma oferta da MEO que me custasse 5€ por mês não iria optar por ela, porque a cobertura de rede parece que saiu do século passado. Mas é como digo, cada caso é um caso!