Sai um bifinho com pouco futuro
Olá.
Que estejam todos bem por aí. Hoje enquanto conduzia estava a ouvir rádio e dei por mim a ouvir o resultado de um estudo que cada um de nós consumia no espaço de dez anos cerca de 288 galinhas. E isto é em média porque ás vezes que eu tenho que ir à Churrasqueira do Manel tenho um palpite que as galinhitas um dia destes entram em extinção.
Mas este artigo colocava em questão o método de produzir carne e o quanto o mesmo era prejudicial para o meio ambiente, até que por exemplo para se produzir um quilo de bife de vaca são necessários cerca de sete quilogramas de cereais. E abro aqui um parêntesis; quem come um bife logo de manhã, quer dizer que come bastantes cereais?! Já no que diz respeito à carne de porco, são necessários quatro quilos de cereais para produzir um quilo de carne e no caso de um frango de capoeira são necessários cerca de dois quilos para produzir um quilo de carne.
Um dos exemplos que era falado eram os Estados Unidos, onde mais de 25% da área de território utilizável é usado para pastagens e cerca de 20% são terras cultiváveis. E quase 40% das colheitas são usadas para alimentar o gado.
Claro que quando se come uma vitelinha assada quase que ninguém se lembra disto (eu incluído) mas isto está a chegar a um ponto insustentável, até porque para se conseguir esta produção de cereais é necessária uma quantidade brutal de água que um dia destes não haverá. Em Portugal em 2018 está tudo bem, mas ainda alguém se lembra que ainda o ano passado se estava a falar sobre o racionamento da água e que para acontecer novamente é um abrir e fechar de olhos?
No meio ambiente tudo está relacionado. Uma câmara municipal é capaz de proibir a circulação de um carro mais velhote porque dizem que polui, mas alguém diz que uma vaca liberta para a atmosfera mais de 189 litros de metano por dia. Este valor de emissões é o equivalente aos gases emitidos por um veículo quando este percorre 17 500 quilómetros? Ou seja mais vale colocar um catalisador no rabo de uma vaca!
Eu sinceramente não me estou a ver a deixar de comer um bifinho nos próximos anos, mas acima de tudo temos que ter mais consciência nas nossas escolhas. Se há 40 ou 50 anos pouco cartão se passava a isto, hoje em dia estamos a atingir um ponto que o que podemos colocar em risco serão as próximas gerações.
E há coisas que não custam nada. Se no seu emprego tem uma fonte de água, porque não tem uma caneca em vez de gastar 40 ou 50 copos de plástico num mês?
Isto é daquelas coisas que ou existe uma atitude global, ou então o caminho do nosso Planeta não será nada positivo.