Santo e Feliz Natal
Boas.
E finalmente está aí uma das datas mais importantes que se celebram no nosso país e embora a mesma seja de uma raiz católica, penso que isso ultrapassa essa questão sendo um dia que é celebrado por quase toda a gente. Essa data como é óbvio é o Natal. E se a data por si só seja de felicidade, ainda melhor se torna quando no nosso meio existem crianças e este ano será com toda a certeza recheada de felicidade. Mas se por um lado a alegria invade a nossa vida, por outro a Saudade também nos bate no coração. E não falo de tristeza, mas sim de saudade, porque os anos que vivi o Natal com o meu Pai foram de uma imensa alegria. Embora monetariamente não fossemos ricos, bem longe disso, a alegria e o Amor que se vivia (e que ainda vive no meu coração) é eterno.
O sentir que o Pai Natal me tinha deixado uma mota no fogão onde tinha deixado a minha pantufa ao xadrez é daquelas coisas que para mim são inesquecíveis. O estar à mesa a jogar Damas, ou a jogar cartas como ao Burro ou à Sueca é intemporal. Mesmo sabendo que o meu Pai nos facilitava e dava quatro ou cinco jogos de adianto, mas de sempre de uma maneira assertiva. Também na minha memória estarão as coisas que a minha Mãe fazia, onde o leite-creme saboroso, a aletria ou os bolinhos de bolina que eu nunca gostei estão guardados em mim. Até as coisas simples como estar no dia de Natal a ver o Circo na televisão me deixa como o Bonga. Com a lágrima no canto do olho. Já o filme Música no Coração deixa-me à beira da depressão. Agora que falo nisso, acho que este ano ainda não vi o Sozinho em Casa!
Claro que sei que tudo isto são actos naturais da Vida, mas chegando a esta altura ainda se nota mais a falta de certas pessoas.
Em contrapartida tenho uma pimpolha em casa que até as renas fugiam se a vissem. Se eu fôr um décimo daquilo que foram para mim, então serei uma pessoa feliz!