Segurança quando apetece
Olá.
Embora eu não seja um condutor com muitos milhares de quilómetros por ano, mesmo assim ainda circulo uma medida jeitosa (como dizia a minha avó). E embora eu não seja exemplo, vejo no entanto outras pessoas a conduzir que até o Stevie Wonder fazia melhor figura. E já nem falo daqueles condutores que em vez do pé direito, devem ter uma pedra já que em vez de circularem em estradas, devem pensar que circulam em pistas.
Mas como este problema pelos vistos é global, as autoridades dos nuestros hermanos decidiram ser mais duros que nós e vai daí reduziram para 90 km/h a velocidade máxima fora das localidades, sendo esta medida posta em prática ainda esta semana e abarca cerca de sete mil quilómetros de vias fora dos centros urbanos onde se podia circular até 100 km/h porque tinham uma berma de 1,5 metros de largura. Agora só se poderá conduzir a essa velocidade nas estradas secundárias que têm separador central. Nas autoestradas o limite continua a ser igual ao deste lado da fronteira, ou seja, de 120 km/h.
A medida tinha sido anunciada em outubro pelo ministro do Interior Fernando Grande-Marlaska e aprovado em Conselho de Ministros a 28 de dezembro. Em 2017, a taxa de mortos em acidentes de trânsito foi de 39 por milhão de habitantes. Objetivo é baixar para 37 até 2020.
Segundo o Ministério do Interior é nas estradas convencionais que existe um maior número de vítimas de acidentes, que fala em "77 a 80%" de todos os acidentes em média nos últimos cinco anos. Dos 1321 mortos nas estradas fora dos centros urbanos, 1013 ocorreram nestas vias. Em 2018, 877 morreram nestas estradas. Muitos destes acidentes estão ligados à perda de controlo devido à velocidade excessiva.
Eu sei que hoje em dia os carros são muito mais seguros daquilo que eram há uns anos, mas nós enquanto condutores aproveitando a segurança e a comodidade dos veículos entramos em exagero.
Também sei que muitas vezes aquilo que as autoridades que mandam tentam é sacar dinheiro do nosso bolso, mas se as regras que aprendemos são essas, então porque nunca são contestadas por nós? Eu por exemplo moro no Porto e a Estrada da Circunvalação tem como limite os 50 km/h. Mas quantas pessoas respeitam essa velocidade? Eu não! Mas o Porto, Matosinhos; Gondomar; Gaia; Valongo e por aí fora, ainda tem centenas de ruas em que para além dos buracos, a mesma tem como piso os paralelos. E aí porque será que quer os governos locais e o central não se preocupam com a nossa segurança?