Olá.

Faz hoje seis anos que o meu Eu ficou completo. Até a essa data era uma pessoa feliz. Tinha uma família que amava, tinha uma pessoa ao meu lado que amava, tinha saúde q.b. (embora nunca seja demais), tinha um emprego que até gostava, tinha bens materiais que embora não me fizesse rico, fazia-me viver dentro dos parâmetros normais e vivia com o tempo que me era dado e que melhor ou pior até o aproveitava.

Mas depois neste dia apareceu na minha vida uma pimpolha que me foi entregue não por uma cegonha de Paris, mas sim por uma enfermeira de Matosinhos e a partir daquele momento a minha vida mudou. Se até aí o Eu e o Nós era o mais importante, a partir dessa altura o Ela passou a estar no topo das prioridades.

A partir desse momento a magia do Amor Paterno aconteceu. Antes de uma pessoa ser Pai, quando ouve os outros a falar que não existe nada como o Amor que se tem pelos filhos, uma pessoa fica sempre curiosa para saber se aquilo que se diz é aquilo que se sente. Mas isso é mesmo o que se sente.

Não existe nada que se possa igualar ao que se sente por um filho. Não quero dizer que o Amor que se sinta pela família ou companheira seja inferior, mas o que sente por aquele pequeno ser é inigualável.

E poder acompanhar diariamente a evolução da minha pimpolha, a sua aprendizagem constante, as suas diabruras, o seu olhar e os seus abraços é algo que faz a Vida ter sentido. O poder abraçar ou só o poder olhar para aquela princesa a dormir é algo que pode não me fazer afortunado em termos monetários, mas faz com o meu coração esteja forrado a diamantes.

Não faço ideia de como será o Mundo quando a minha Pimpolha for adulta nem imagino como será a Net (ou algo parecido) nessa altura, mas se ela um dia ler o que escrevi dela ela que me desculpe de não conseguir descrever o quamto ela de Bom trouxe para a minha vida.

Se existe algo que me arrependa no que aos meus Pais diz respeito, é que não lhes disse vezes suficientes o quanto os Amava, mas sempre que puder irei fazê-lo com a minha filha. Amo-te!