Tudo tem o seu tempo
Boas.
E num ápice já se passou o meio deste mês. Esta altura do ano (juntando também o mês de Agosto) é o período em que muitos de nós têm as suas férias. Com isto do Covid, muitos de nós ficam ou por casa ou perto dela. E depois existe a pandemia da falta de dinheiro que faz com que muitas pessoas gozem férias basicamente em casa. E nisso ou se fica a descansar ou então com as pinturas ou os pequenos arranjos que é preciso fazer. Mas mesmo que seja a trabalhar nessas pequenas coisas, é sempre diferente do que se faz o ano inteiro. Mas o poder descansar é muito importante, até porque o excesso de trabalho não só reduz saúde e qualidade de vida, como pode até matar (e por ano, por incrível que pareça, mata mais do que a malária)
Vários estudos revelam o excesso de trabalho é o maior factor de risco para doenças ocupacionais, sendo responsável por cerca de um terço da carga total de doenças relacionadas com o trabalho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), afirmaram há pouco tempo (mas nem se falou devido à Covid) que, a cada ano, 750 mil pessoas morrem de doenças cardíacas devido às longas jornadas de trabalho (definidas como 55 horas ou mais por semana).
Há duas maneiras principais através das quais o excesso de trabalho pode reduzir a saúde e a longevidade. Uma é o impacto biológico do stress crónico que provoca à pressão arterial e ao colesterol elevados.
Depois, vêm as mudanças de comportamento, as longas jornadas de trabalho que podem significar dormir pouco, não fazer exercício, consumir alimentos que não são saudáveis e fumar e beber para lidar com esta situação.
Segundo o que se conhece, 9% da população mundial, (número que inclui crianças), têm longas jornadas de trabalho. O excesso de trabalho afecta diferentes grupos de trabalhadores de maneiras distintas. Os homens por norma trabalham mais horas do que as mulheres em todas as faixas etárias, mas não nos podemos esquecer que a larga maioria das mulheres, depois de sair do seu emprego, ainda tem o trabalho de casa para fazer.
O que não nos podemos esquecer é que a vida passa muito rápido e tudo tem o seu tempo e mesmo em casa se as coisas forem divididas será muito mais positivo para toda a gente.
Muitas vezes as pessoas trabalham, trabalham e trabalham e depois quando pretendem ter tempo para si e para os seus é tarde demais. E será que tudo o que se passou valeu a pena?