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marianagugudada

A vida não é feita por parcelas, é feita pelo todo

A vida não é feita por parcelas, é feita pelo todo

marianagugudada

20
Abr20

Viver o luto

jl

luto.jpegBoas.

Que esteja tudo bem aí por esses lados. Com esta coisa do Covid-19 hoje em dia fala-se de tudo e mais alguma coisa, ou da doença em si, da falta de material, dos cuidados que se deve ter, da crise e do desemprego, do confinamento e também das pessoas que falecem em consequência disto. Mas quando ouço falar dos mortos parece que hoje em dia se está a falar do peixinho dourado lá do aquário que morre e pronto. Mas será que muitas vezes, muita gente se lembra que a morte de um familiar ou de um amigo é uma dor imensa e que não é só um número?

Lidar com este problema não é simplesmente levantar um tapete e varrer isto para debaixo. O amar alguém é muito mais que o momento.

É recordá-la, é guardar dentro do nosso subconsciente os momentos vividos, apesar da sua ausência física.

Viver com o luto significa reaprender a viver e ultrapassar essa fase. Mas como tudo na vida não somos todos iguais e algumas pessoas não conseguem lidar com o processo de luto de forma saudável, ficam presas num pensamento concreto sem conseguirem avançar na vida.

Hoje em dia o normal é valorizar a felicidade e o sucesso e quase que somos «obrigados» a estar sempre bem, ser sempre fortes. Por isto mesmo, não é fácil muitas vezes viver a dor e a perda.

Quando nos morre alguém querido é normal que nos digam que temos que ser fortes, ou que as coisas irão melhorar e passar e que tudo vai voltar ao normal. E se quem o diz é no aspecto positivo de nos dar força, isso por vezes inibe a nossa vontade de demonstrar o que vai dentro de nós. E isto muitas vezes faz com que se gere um sentimento de culpa. Mas conforme isto se passa num momento de dor, existem outras pessoas que são quase o oposto e andam sempre permanentemente tristes, fazendo com isso que os outros a vejam como o coitadinho.

Mas no luto não existe uma forma correcta de viver o luto. Cada um vive-o à sua maneira. O importante mesmo é que possa sentir todos os seus sentimentos e ser verdadeiro consigo próprio e depois disso reaprender a viver apesar dessa perda.

Fácil não será, sendo que este é um processo complexo, em que é normal que passe por momentos de forte tristeza. Mas também acontece que se passe por momentos de alegria e distração. Relembrar os bons momentos que essa pessoa que faleceu viveu connosco ou quem amamos.

Não existe um prazo definido para se viver o luto de maneira mais intensa, até porque cada um é como cada qual, mas depois de ultrapassada esta faze, pode mostrar-lhe a sua força interior.

O luto normal tem princípio, meio e fim e serve a favor da saúde. Viver o luto para mim significa acima de tudo reaprender a viver apesar da perda que sofreu, apesar de serem momentos difíceis de enfrentar e superar.

Existem pessoas que num primeiro momento, podem preferir o isolamento, sendo que isto varia de pessoa para pessoa, bem como a duração do luto.

Apesar de difícil, tem que aceitar a dor que sente para não ficar preso, sem conseguir avançar na sua vida.

O que acho é que quem não conseguir lidar com isto sozinho deve procurar sempre ajuda. E se muitas vezes uma pessoa amiga «chega», muitas vezes a ajuda de um psicólogo é fundamental. Até porque existem situações em que se torna mais simples colocar cá fora os nossos problemas em frente a um desconhecido (mas com conhecimentos para nos ajudar) do que a uma pessoa amiga.

O que muitas vezes as pessoas se esquecem é que a vida é efémera e que muitas vezes não se dizer a alguém que se gosta dela poderá ser uma oportunidade perdida. E por vezes a última!

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