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marianagugudada

A vida não é feita por parcelas, é feita pelo todo

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marianagugudada

23
Mar16

Zangam-se as comadres…

jl

Boas. A avó da minha falecida avó já dizia que zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades e talvez por isso começam a vir à tona algumas coisas que começam a cheirar muito mal em relação ao Euro 2004. Mas aqui vai:

Gilberto Madail e as suspeitas do Euro2004: "O Carlos Cruz devia era estar calado"

Autobiografia do ex-apresentador de televisão relata episódios de envelopes com dinheiro e vivendas no Algarve na alegada compra de votos para a candidatura portuguesa ao Euro-2004.

O antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, classificou de 'ficção' as revelações de Carlos Cruz, relatadas na autobiografia do ex-apresentador de televisão, sobre os alegados subornos pagos a dirigentes federativos europeus para garantir a organização do Euro2004.

Em declarações ao jornal Record, o presidente honorário da FPF de 71 anos desmentiu categoricametransferir.jpgnte os relatos do antigo presidente da Comissão Executiva da candidatura portuguesa ao Euro 2004, e atacou o ex-apresentador de televisão garantindo que, 'se alguém convidou alguém para férias no Algarve, eu não fui de certeza'.

"Carlos Cruz devia estar calado e recatado. E ter pudor. É tudo completamente falso e ficção. Não gastámos um tostão a comprar minguém. Gastei muito da minha vida nas viagens que fiz para apresentar a nossa candidatura, sem favorecimentos. Tenho é dúvidas do que ele foi fazer a Londres para falar com uma agência. Foi a única cooisa que não controlei. Aí é que não sei o que ele fez", disse Gilberto Madail em declarações ao jornal Record.

"Nunca quis Carlos Cruz no Euro. Foi um nome imposto pelo Governo", sentenciou o antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

As revelações de Carlos Cruz incluem conversas com Gilberto Madail, na altura presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e José Sócrates, na altura Ministro-adjunto de António Guterres.

"O presidente da Federação desse país (não especifica qual) tinha manifestado o desejo de passar férias em Portugal. Alguém teve a ideia de oferecer as férias ao senhor e família. Fizemos as contas e como ele não tinha datas escolhidas levou-se um envelope com os dólares equivalentes ao cálculo das viagens e de uma semana de férias no Algarve. […] À saída da reunião, Madail, discretamente, entregou-lhe o envelope. Como o dólar valia mais do que o sol do Algarve, o nosso amigo guardou o dinheiro e não pôs os pés em Portugal. Já em Aachen (Alemanha) fez chegar até nós a sua disposição de falar com mais um ou dois colegas amigos, de outras federações votantes. Percebemos a mensagem que nos chegou já perto da decisão. Madail encontrou-se com ele no quarto do hotel; disse-me que o encontrou em roupão e que o senhor ficou muito feliz com o segundo envelope que recebeu; penso que foram 12500 ou 15000 dólares. Não sei se angariou ou não algum voto; ao sair da sala onde tinha decorrido a votação mostrou-me um papel e apontando com o dedo disse-me com muito sotaque 'I vote Portugal…see…see.' Tinha escrito Portugal, Áustria, Espanha por esta ordem", pode ler-se entre as páginas 518 e 519.

"Em conversa com um amigo meu, presidente de uma multinacional, referi-lhe o nome do presidente da federação de um país que tinha grande influência na decisão da Comissão do Euro. […] Esse meu amigo, cuja multinacional tinha uma filial no país em questão, prometeu tentar obter informações sobre o indivíduo e a sua tendência de voto. […] Foi no bar do Hotel Ritz que ele me informou: teríamos o voto garantido daquele país e a promessa de que faria lóbi a nosso favor junto de várias federações do Leste; em contrapartida queria uma vivenda no Algarve no valor de 100 mil dólares. Fiquei estupefacto, mas não comentei e prometi fazer as necessárias consultas. Telefonar-lhe-ia depois para comunicar a decisão. Falei com Madail e José Sócrates e foi este que me disse: 'Ó Carlos Cruz, não podemos perder isto por uma questão de dinheiro! Era o que faltava!' Perguntei-lhe se aquela afirmação era um 'sim' à proposta. Se garantisse o voto, era. Telefonei ao intermediário e disse-lhe exactamente isso. Foi seu um dos primeiros telefonemas que recebi logo a seguir à decisão da UEFA. Ainda hoje recordo a sua frase: 'I told you'. Também me lembro do que me veio à cabeça: e agora? Vamos mesmo ter de dar uma vivenda ao gajo? Os dias passaram. Finalmente chegou o e-mail que eu receava: esperava notícias para tratar do que havia sido acordado. Gilberto Madail dizia-me que não tinha nada a ver com isso e José Sócrates dizia-me para falar com Madail. Eu argumentava que não tínhamos a certeza de que ele votara em Portugal ou que tivesse angariado votos, não tínhamos acesso à ata da votação. Quando a pressão sobre mim atingiu o clima de quase ameaça, enviei um último e-mail dizendo-lhe que não tinha qualquer responsabilidade pois apenas confirmara indicações superiores; tal como ele, tinha sido um intermediário: ele, devia, por isso contactar a FPF ou o ministro José Sócrates. Nunca mais tive notícias sobre o assunto", pode ainda ler-se nos excertos da autobiografia de Carlos Cruz que foram publicados esta terça-feira pelo jornal A Bola.

Entretanto, a UEFA já reagiu às denúncias feitas por Carlos Cruz, e garantiu que vai estar atenta aos desenvolvimentos uma vez que desconhecia o teor das revelações feitas na autobiografia do ex-apresentador de televisão. Em declarações ao referido jornal desportivo, a UEFA afirmou não ter ainda conhecimento das denúncias feitas por Carlos Cruz, mas prometeu atuar caso encontre provas de ilegalidades na atribuição do Euro2004. Recorde-se que os recentes escândalos na FIFA por causa da atribuição de Mundiais fazem com que este tema seja tratado com o máximo cuidado pela UEFA.

Eu sei que isto é um artigo um pouco extenso mas se isto é verdade (eu não me acredito porque desde o tempo de D. Afonso Henriques que somos conhecidos por ser um povo muito sério!!) alguém vai ficar preocupado.

Mas estamos em Portugal e por isso a prima do senhor que entrega os copos de plástico na Federação vai estar tramada. Castigar é esses malandros, que o plástico está muito caro. E já agora toca a juntar dinheiro para se poder comprar um fatinho em condições para o Drº. Gilberto porque o que ele tem na foto parece o Dom Corleone.

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